Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Venda de carteira de crédito da CGD atira rácio de malparado para menos de 10%

O banco estatal liderado por Paulo Macedo concluiu em Outubro a venda de uma carteira de 825 milhões de euros em crédito malparado (Non-Performing Loans – NPL). Uma operação que levou o rácio de NPL para valores abaixo dos 10%.

30 de Outubro de 2018 às 17:34
  • ...

A Caixa Geral de Depósitos concluiu este mês a venda de uma carteira de crédito malparado de 825 milhões de euros. Uma operação que permitiu ao banco estatal liderado por Paulo Macedo reduzir o rácio de Non-Performing Loans (NPL) para um valor abaixo dos 10%.

 

Na apresentação dos resultados referentes ao terceiro trimestre, a CGD salienta a "melhoria da qualidade dos activos, com redução do rácio NPL para 9,6% (considerando a venda de carteira de NPL já concluída em Outubro de 2018)". Já excluindo esta venda, o rácio de NPL fixou-se nos 10,5% no final do período em análise.

 

"Temos hoje um compromisso de continuar a reduzir este rácio de forma sustentada para convergir com a média europeia em 2020", afirmou o administrador José Brito durante a conferência de imprensa.

 

Quanto ao montante destes créditos em incumprimento, o banco estatal apresentou uma redução de 1,3 mil milhões de euros, "dada a evolução positiva sentida nas componentes de curas, write-offs e recuperações", de acordo com as contas trimestrais da CGD, que salienta a "evolução favorável" deste indicador.

 

Foi no relatório e contas do primeiro semestre que a CGD revelou que estaria a vender uma carteira de malparado. "O Conselho de Administração da Caixa Geral de Depósitos informa também que está a ultimar a negociação de um contrato de venda de créditos do segmento ‘corporate’", referiu à data o banco, dizendo que em causa estavam cerca de 850 milhões de euros em activos tóxicos. 

Esta terça-feira, 30 de Outubro, Paulo Macedo esclareceu que afinal o valor bruto situou-se nos 825 milhões de euros. Relativamente ao desconto aplicado, o gestor referiu apenas que "foi um valor ligeiramente melhor do que aquele que o mercado vem transacionando". Realçou ainda que esta operação atraiu vários interessados, sem identificar a quem vendeu estes activos. "É um bom sinal", referiu.

 

Esta venda faz parte dos esforços do banco estatal que, em conjunto com outras instituições financeiras nacionais, tem vindo a reduzir o peso do malparado no balanço. Uma redução que vai continuar, com Paulo Macedo a definir como objectivo um rácio de NPL abaixo dos 7%. 

Para tal, o presidente da CGD vai continuar a apostar na venda de carteiras de malparado, tendo revelado que o banco espera "concretizar mais uma venda de uma carteira de crédito a particulares de cerca de 250 milhões" até ao final do ano.

(Notícia actualizada às 19:49 com mais informação)

Ver comentários
Saber mais Paulo Macedo NPL CGD José Brito Conselho de Administração da Caixa Geral de Depósitos banca política
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio