Notícia
Uruguai tem primeiros multimilionários com IPO de fintech nos EUA
A riqueza no Uruguai tem sido historicamente ligada à agricultura e à transformação de carne, mas foi uma fintech que criou os primeiros multimilionários do país.
12 de Junho de 2021 às 17:00
Andres Bzurovski, de 43 anos, e Sergio Fogel, de 57, entraram para o clube dos mais ricos do mundo depois da oferta pública inicial (IPO) da DLocal em Nova Iorque. As ações da empresa de pagamentos fundada pelos dois subiram para 32,39 dólares no primeiro dia de negociação na quinta-feira, um salto de 54% em relação ao preço do IPO. Com isso, a fortuna da dupla agora é avaliada em cerca de 3,69 mil milhões de dólares, segundo o índice dos mais ricos do mundo, elaborado pela Bloomberg.
Um representante da empresa sediada em Montevideu não respondeu a um pedido de comentário sobre o património dos fundadores.
A DLocal permite que empresas como a Amazon, Microsoft e Spotify giram pagamentos em 29 países em desenvolvimento onde cartões de crédito internacionais são escassos e o dinheiro é rei. Uma ronda de investimento em 2020 liderada pela General Atlantic avaliou a empresa em 1,2 mil milhões de dólares, tornando-a no primeiro unicórnio do Uruguai [empresa não cotada avaliada em mais de mil milhões de dólares]. A ronda seguinte em abril liderada pela Alkeon Capital avaliou a startup em 5 mil milhões de dólares.
A América Latina tornou-se um mercado estratégico para as empresas de tecnologia financeira. A região conta com o Nubank, avaliado em 25 mil milhões de dólares, bem como com a fintech StoneCo cotada no Nasdaq, com um valor de mercado de quase 20 mil milhões de dólares. Estas empresas expandem-se com a oferta de alternativas mais baratas e menos burocráticas aos produtos financeiros tradicionais, alcançando milhões de consumidores sem conta bancária.
"Choque"
Fogel, que investiu em mais de 15 startups de tecnologia, e Bzurovski fizeram parte da equipa de gestão que fundou a DLocal em 2016 com capital próprio. Alcançar o estatuto de unicórnio "foi um choque", disse Fogel num evento em Punta del Este em novembro. O financiamento de private equity "é uma espécie de passaporte que nos abriu portas" em bancos, clientes e fornecedores, afirmou.
A DLocal obtém receita com as comissões cobradas aos comerciantes pelas transações de pagamento locais e internacionais. As vendas e o lucro da empresa quase duplicaram no ano passado, para 104,1 milhões de dólares e 28,2 milhões de dólares, respetivamente. A empresa expandiu-se para a África e Ásia nos últimos anos, embora a América Latina ainda tenha sido responsável por cerca de 89% das receitas no primeiro trimestre.
Bzurovski e Fogel venderam pelo menos 5.623.500 ações cada um, de acordo com o prospeto da IPO. Cada um dos fundadores detém ainda cerca de 18% da empresa.
Um representante da empresa sediada em Montevideu não respondeu a um pedido de comentário sobre o património dos fundadores.
A América Latina tornou-se um mercado estratégico para as empresas de tecnologia financeira. A região conta com o Nubank, avaliado em 25 mil milhões de dólares, bem como com a fintech StoneCo cotada no Nasdaq, com um valor de mercado de quase 20 mil milhões de dólares. Estas empresas expandem-se com a oferta de alternativas mais baratas e menos burocráticas aos produtos financeiros tradicionais, alcançando milhões de consumidores sem conta bancária.
"Choque"
Fogel, que investiu em mais de 15 startups de tecnologia, e Bzurovski fizeram parte da equipa de gestão que fundou a DLocal em 2016 com capital próprio. Alcançar o estatuto de unicórnio "foi um choque", disse Fogel num evento em Punta del Este em novembro. O financiamento de private equity "é uma espécie de passaporte que nos abriu portas" em bancos, clientes e fornecedores, afirmou.
A DLocal obtém receita com as comissões cobradas aos comerciantes pelas transações de pagamento locais e internacionais. As vendas e o lucro da empresa quase duplicaram no ano passado, para 104,1 milhões de dólares e 28,2 milhões de dólares, respetivamente. A empresa expandiu-se para a África e Ásia nos últimos anos, embora a América Latina ainda tenha sido responsável por cerca de 89% das receitas no primeiro trimestre.
Bzurovski e Fogel venderam pelo menos 5.623.500 ações cada um, de acordo com o prospeto da IPO. Cada um dos fundadores detém ainda cerca de 18% da empresa.