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Urbanos quer "reestruturar passivo financeiro acumulado durante os anos de expansão"

Com dívidas de 44 milhões de euros, 8,5 milhões dos quais a entidades estatais, o grupo de logística Urbanos realça que não tem dívidas fiscais nem à Segurança Social.

Sara Matos/Negócios
02 de Setembro de 2016 às 15:41
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O Grupo Urbanos quer recuperar-se através da reestruturação do seu passivo financeiro, acumulado ao longo dos últimos anos. Esse é o motivo para o pedido de entrada em Processo Especial de Revitalização (PER), onde há uma dívida total reconhecida de 44 milhões de euros.

 

"O recurso a um programa de revitalização é feito para poder reestruturar o passivo financeiro acumulado durante os anos de expansão e desta profunda crise económica que o país atravessou entre 2012 e 2015", indica uma informação à comunicação social enviada esta sexta-feira, 2 de Setembro, onde é acrescentando ainda o "ciclo económico difícil entre 2012 e 2014". Neste período, a empresa presidida por Alfredo Casimiro concorreu à compra dos CTT, que acabou por perder.

 

O Grupo Urbanos está em PER, havendo já uma lista de credores provisória que mostra que o Novo Banco é o principal credor, com 7,6 milhões de euros a receber. As sociedades públicas herdeiras do BPN têm a haver 5,8 milhões de euros do grupo Urbanos enquanto a Caixa Geral de Depósitos é credora de 2,2 milhões. Há ainda cerca de 400 mil euros devidos à Fazenda Nacional, sobretudo devido a impostos, de acordo com a lista elaboradora pelo administrador judicial Pedro Pidwell.

 

Na informação enviada esta sexta-feira, o grupo de logística – que tem uma posição accionista maioritária na Groundforce, onde a TAP é minoritária – afirma que "não tem dívidas fiscais, nem à Segurança Social" nem aos 400 trabalhadores e 300 subcontratados. Da mesma forma, assegura a nota, o grupo "tem a situação regularizada com os seus fornecedores".

 

"O presidente do Grupo Urbanos, Alfredo Casimiro [na foto], está absolutamente seguro que, com a reestruturação deste passivo, a Urbanos terá um futuro sólido de crescimento e de contínua inovação", assinala ainda a mesma nota, onde sublinha, sem avançar números, que a empresa já teve um EBITDA positivo no ano passado, "prevendo para 2016 uma melhoria" neste indicador que representa os resultados antes de juros, impostos, depreciações e amortizações. Não há números para resultados líquidos na nota. 

 

"Estamos certos de que sairemos mais fortes, mais competitivos e mais motivados para continuar a prestar, aos nossos clientes e a toda sociedade, um serviço de qualidade, valor acrescentado e de constante inovação", conclui o mesmo documento.

 

Além da Urbanos SGPS, também outras entidades do mesmo grupo, como a Supply Chain, a Urbanos Soluções e a Rntrans, estão em PER, processo alternativo à insolvência em que as entidades tentam negociar com os credores a sua recuperação.


(Notícia corrigida às 16:44: quando se fala na dívida à fazenda Nacional quer-se dizer 400 mil euros e não 400 milhões, como erradamente estava indicado anteriormente)

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