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UBS e Credit Suisse já preocupavam as autoridades suíças em 2019

Há quatro anos, um grupo de trabalho constituído por membros dos reguladores e do governo concluiu que os requisitos de liquidez impostos por uma norma não salvaguardavam a maior resiliência dos bancos exigida pela lei bancária.

As autoridades suíças anunciaram no domingo a compra do Credit Suisse, segundo maior banco do país, pelo líder UBS.
Ennio Leanza/EPA
28 de Março de 2023 às 14:15
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As autoridades suíças concluíram em 2019 que os dois maiores bancos do país, UBS e Credit Suisse, não poderiam ser salvos recorrendo às medidas de emergência, implementadas após a crise financeira de 2008, caso se contemplasse um cenário de crise de liquidez.

"Os requisitos especiais de liquidez para os bancos com importância sistémica, incorporados na norma sobre liquidez não salvaguardam a maior resiliência deste bancos exigida pelo Banking Act" (legislação bancária), refere o documento. A conclusão é de um grupo de trabalho composto por membros do Ministério das Finanças, do Banco Nacional Suíço e do regulador financeiro do país (FINMA).

Apesar de já ter quatro anos, a conclusão foi conhecida publicamente esta terça-feira, por estar incluída no relatório anual da FINMA divulgado hoje e citado pelo Financial Times.

O grupo de trabalho concluiu ainda que não era possível dar início a uma liquidação ordenada de um dos dois gigantes suíços, sem que houvesse um apoio do governo muito maior do que já tinha sido previsto anteriormente.

O mercado está de olhos postos em Berna, após ter sido divulgado um acordo que aquisição do Credit Suisse pelo UBS, que as partes esperam que seja concluído este ano.

Em abril, o parlamento suíço vai reunir-se para uma sessão especial e de emergência com o objetivo de avaliar esta operação e o papel do governo na mesma.

Esta sexta-feira as duas câmaras do parlamento suíço acionaram a norma que permite a criação de uma comissão parlamentar especial de inquérito para investigar esta fusão.
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