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Trabalhadores temem que reestruturação do Novo Banco coloque "postos de trabalho em causa"
A comissão de trabalhadores e as estruturas sindicais do Novo Banco defendem que, "seja qual for a solução encontrada", os postos de trabalho têm de ser salvaguardados, "bem como o fundo de pensões".
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Os trabalhadores do Novo Banco temem que uma eventual reestruturação que seja levada a cabo na instituição financeira possa prejudicar os seus postos de trabalho. Assim, a comissão de trabalhadores e as estruturas sindicais pedem a protecção de todos os cargos e avisam que vão ter "especial" atenção à alienação do Novo Banco.
"Um eventual plano de reestruturação, num banco que nunca passou por processos de fusão externos ou de aquisição de terceiros, a ser executado, poderá colocar em causa muitos postos de trabalho e afectar gravemente a vida familiar de milhares de portugueses", indica um comunicado da Comissão Nacional de Trabalhadores do Novo Banco, enviado às redacções depois de reunidas as comissões sindicais representadas no grupo.
O comunicado é publicado depois de o Banco de Portugal ter alargado o mandato da gestão de Eduardo Stock da Cunha, que poderá levar a repensar as geografias e as áreas de negócio em que o Novo Banco está presente. Essa foi uma decisão do regulador depois de decidido o cancelamento do concurso internacional iniciado em Dezembro.
Aliás, uma das decisões saídas da reunião de representantes de funcionários do Novo Banco é o de "acompanhar com especial atenção" a alienação.
"Seja qual for a solução encontrada para o futuro do Novo Banco, deve ser sempre salvaguardada a manutenção de todos os postos de trabalho, em paz social, bem como a do fundo de pensões", indica o comunicado, em que é dito que todas as estruturas representativas do grupo "estão unidas pela defesa dos direitos de todos os trabalhadores, independentemente da sua função e do seu vínculo laboral".
Para além disso, a comissão dá "todo o apoio" à administração de Eduardo Stock da Cunha, "no sentido que o Novo Banco recupere rapidamente a confiança do mercado".
Em carta interna, Eduardo Stock da Cunha já avisou que se aproxima um "ano orçamental muito exigente".