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Stock da Cunha avisa colaboradores que vem aí "ano orçamental muito exigente"

"Não temos tempo a perder". É o que o presidente da administração diz em resposta à nova vida do Novo Banco, agora que a instituição não foi alienada no primeiro concurso. Stock da Cunha não faz considerações sobre decisão do governador.

Miguel Baltazar/Negócios
Diogo Cavaleiro diogocavaleiro@negocios.pt 16 de Setembro de 2015 às 20:38

Eduardo Stock da Cunha avisou os trabalhadores do Novo Banco para o facto de se aproximar "um ano orçamental muito exigente". É a primeira mensagem aos colaboradores da instituição financeira depois da decisão do Banco de Portugal de cancelar o concurso de venda.

 

"Aproxima-se um ano orçamental muito exigente e deveremos manter-nos focados nas nossas prioridades, incluindo a melhoria da rentabilidade e da eficiência, ajustando-nos à realidade do mercado", indica Stock da Cunha esta quarta-feira, 16 de Setembro, numa carta enviada aos trabalhadores e a que o Negócios teve acesso. 

 

Esta terça-feira, 15, o Banco de Portugal anunciou que o procedimento de alienação do Novo Banco, iniciado em Dezembro, ficou pelo caminho. Pela frente, poderá haver uma venda mas também a alienação parcial. Durante esse período de tempo, que é ainda uma incógnita, há um plano estratégico a ser feito pela gestão de Stock da Cunha. O Banco de Portugal vai alargar o seu mandato para possibilitar que reequacione a presença internacional e os segmentos onde opera.

 

"O Banco de Portugal refere que retomará o processo de venda num curto prazo. Do nosso lado, não temos tempo a perder", assinala a instituição financeira, antes de mencionar o referido "ano orçamental muito exigente". Sobre a decisão tomada por Carlos Costa, o presidente da instituição financeira que herdou activos e passivos considerados saudáveis do Banco Espírito Santo disse apenas que, "estando na posse de toda a informação, o Banco de Portugal tomou a decisão que entendeu mais adequada, devendo o Novo Banco prosseguir a sua actividade em plena normalidade".

 

O CEO do banco diz que nada mudou desde a chegada ao cargo, em regime de comissão de serviço, vindo do Lloyds, desde Setembro de 2014. "Há um ano, dei-vos conta da necessidade de ‘arregaçar as mangas’ para criar valor, captar clientes, crescer em volume de depósitos, melhorar a qualidade do crédito, afirmar as competências que nos distinguem (qualidade de serviço e dinâmica comercial) e não intervir nas discussões sobre o modelo, data ou outros aspectos da venda do Novo Banco. Nada mudou para alterarmos a nossa atitude e ambição".

 

"Destaco as palavras do Banco de Portugal quanto ao papel relevante do Novo Banco na economia portuguesa, ao mérito do seu desempenho durante o último ano, à evolução positiva de vários indicadores da actividade e da organização. Por outro lado, também é reconhecido o trabalho desenvolvido pelos colaboradores na estabilização, recuperação e desenvolvimento Novo Banco", indica ainda Eduardo Stock da Cunha na mensagem enviada aos colaboradores.

Stock da Cunha tem de apresentar um plano de optimização de capital, de modo a mostrar que é possível reforçar os seus rácios de solidez. 

 

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