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Stiglitz diz que colapso do SVB era "previsível"
O economista enfatizou que o colapso do SVB não se deveu a empréstimos problemáticos. "Foi a estrutura das taxas de juro que começou a mudar, em resultado do tipo de ações que a Reserva Federal norte-americana está a ter".
15 de Março de 2023 às 17:37
O economista Joseph Stiglitz disse hoje que a queda do Silicon Valley Bank (SVB) é um fenómeno financeiro previsível devido à rápida subida das taxas de juro e que existe falta de regulamentação nos EUA.
O Prémio Nobel da Economia Joseph Stiglitz falava num debate 'online' sobre as causas e as respostas de política à elevada inflação, no âmbito das previsões económicas que a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento (OCDE) irá divulgar na sexta-feira.
"Viram o que aconteceu com o Silicon Valley Bank? Era uma espécie de perturbação previsível também no nosso sistema financeiro se aumentássemos rapidamente as taxas de juro", disse.
O SVB, com sede em Santa Clara, na Califórnia, cuja maioria dos clientes é do setor tecnológico, anunciou falência na sexta-feira passada.
Joseph Stiglitz salientou que se defendeu a necessidade de "normalizar" as taxas de juro, apesar dos receios de que um aumento "rápido e excessivo" das taxas tivesse um grande impacto no sistema económico, por nos últimos anos se ter assistido a um longo período de juros baixos.
O economista enfatizou que o colapso do SVB não se deveu a empréstimos problemáticos. "Foi a estrutura das taxas de juro que começou a mudar, em resultado do tipo de ações que a Reserva Federal norte-americana está a ter".
A Fed "decidiu que não precisávamos de regulamentação", depois mudou muito as taxas de juro" e verificou-se uma ausência de "testes de stress", acrescentou.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, já garantiu que os "americanos podem confiar na solidez do sistema bancário".
No domingo, as autoridades norte-americanas anunciaram que iriam garantir a retirada de todos os depósitos do banco californiano falido e disseram que vão também permitir o acesso a todos os depósitos de outro estabelecimento, o Signature Bank, que foi encerrado pelo regulador.
Além disso, a Fed comprometeu-se a emprestar os fundos necessários a outros bancos para que possam responder aos levantamentos dos seus clientes.
Londres anunciou, por seu lado, que a sucursal britânica do SVB tinha sido vendida ao gigante bancário britânico HSBC, por uma libra simbólica.
O Prémio Nobel da Economia Joseph Stiglitz falava num debate 'online' sobre as causas e as respostas de política à elevada inflação, no âmbito das previsões económicas que a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento (OCDE) irá divulgar na sexta-feira.
O SVB, com sede em Santa Clara, na Califórnia, cuja maioria dos clientes é do setor tecnológico, anunciou falência na sexta-feira passada.
Joseph Stiglitz salientou que se defendeu a necessidade de "normalizar" as taxas de juro, apesar dos receios de que um aumento "rápido e excessivo" das taxas tivesse um grande impacto no sistema económico, por nos últimos anos se ter assistido a um longo período de juros baixos.
O economista enfatizou que o colapso do SVB não se deveu a empréstimos problemáticos. "Foi a estrutura das taxas de juro que começou a mudar, em resultado do tipo de ações que a Reserva Federal norte-americana está a ter".
A Fed "decidiu que não precisávamos de regulamentação", depois mudou muito as taxas de juro" e verificou-se uma ausência de "testes de stress", acrescentou.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, já garantiu que os "americanos podem confiar na solidez do sistema bancário".
No domingo, as autoridades norte-americanas anunciaram que iriam garantir a retirada de todos os depósitos do banco californiano falido e disseram que vão também permitir o acesso a todos os depósitos de outro estabelecimento, o Signature Bank, que foi encerrado pelo regulador.
Além disso, a Fed comprometeu-se a emprestar os fundos necessários a outros bancos para que possam responder aos levantamentos dos seus clientes.
Londres anunciou, por seu lado, que a sucursal britânica do SVB tinha sido vendida ao gigante bancário britânico HSBC, por uma libra simbólica.