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S&P sobe perspectiva do BPI e Santander Totta
A agência de notação financeira melhorou o "outlook" do BPI e Totta, para "positivo", depois de na passada sexta-feira ter feito o mesmo com a dívida da República Portuguesa.
A Standard & Poor’s elevou a perspectiva para a evolução da qualidade da dívida do BPI, bem como da sua subsidiária Banco Português de Investimento S.A., e do Santander Totta, de "estável" para "positiva".
"Este ‘outlook’ positivo para os três bancos reflecte o de Portugal", sublinha a agência no relatório divulgado esta segunda-feira, 17 de Setembro.
Acrescenta ainda que, se subir o "rating" de Portugal (o que é uma possibilidade, dada a melhoria do ‘outlook’), a notação mais elevada das casas-mãe espanholas irá ter um peso maior na notação destes bancos.
"O potencial de subida do ‘rating’ soberano permite-nos incorporar um maior peso nas notações do BPI e do Totta, ambos detidos por grupos bancários espanhóis financeiramente mais fortes", salienta.
A S&P refere que se subir a notação da dívida de longo prazo de Portugal nos próximos 12 a 24 meses, poderá fazer o mesmo com o "rating" do BPI e do Totta.
Sobre o banco liderado por Pablo Forero, a perspectiva "positiva" reflecte ainda a expectativa da S&P de que o BPI continue a ser uma subsidiária altamente estratégica do CaixaBank nos próximos 12 a 24 meses.
Quanto ao Totta, a Standard & Poor's diz que o 'outlook' positivo espelha ainda a expectativa de que o banco liderado por Vieira Monteiro consiga concluir com êxito a integração da unidade portuguesa do Banco Popular Espanhol e que esta aquisição não penalize de forma significativa o perfil de crédito do Totta nem a sua posição de capital e qualidade do seu activo (melhor do que a média nacional).
Ao mesmo tempo, tal como fez com a dívida soberana de Portugal, o S&P manteve a classificação destes três bancos em ‘BBB-’, que corresponde ao último nível da categoria de investimento de qualidade, ou seja, um nível acima de lixo.
"O ‘outlook’ positivo da República Portuguesa reflecte a possibilidade de uma subida do rating se o desendividamento privado e público prosseguir, a par com melhorias na estabilidade financeira", sublinhou a agência no seu relatório divulgado a 14 de Setembro.