Notícia
Sindicato dos trabalhadores da CGD convoca greve para 1 de março
Para o STEC, a administração do banco público "persiste" em propostas de aumentos "salariais irrisórios e absurdos" que traduzem uma "manifesta a desvalorização do fator trabalho" perante os "lucros recorde que a CGD se prepara para apresentar".
16 de Fevereiro de 2024 às 21:57
O Sindicato dos Trabalhadores das Empresas do Grupo CGD (STEC) convocou esta sexta-feira uma greve para 01 de março, após a proposta da administração do banco para aumentos salariais de 3,25%, que o sindicato considera "inadmissível".
Em comunicado, o STEC refere que esta greve foi decidida durante um plenário realizado após a terceira ronda negocial com a administração da CGD, que respondeu com um aumento salarial de 3,25% para 2024 à proposta do sindicato de aumentos de 5,9% com um mínimo de 110 euros.
Para o STEC, a administração do banco público "persiste" em propostas de aumentos "salariais irrisórios e absurdos" que traduzem uma "manifesta a desvalorização do fator trabalho" perante os "lucros recorde que a CGD se prepara para apresentar".
Para o dia da greve está também marcada uma concentração frente ao edifício sede da CGD, em Lisboa, para a qual o STEC convoca não apenas os trabalhadores, mas também os pré-reformados e reformados.
No comunicado, a estrutura sindical refere que na origem desta greve está não apenas o "valor inadmissível" proposto para aumentos salariais, mas também a redução de milhares de trabalhadores e encerramento de balcões ou a contratação de "milhares de trabalhadores" em regime de 'outsourcing'.
O STEC refuta ainda os dados apresentados pela administração da CGD após a terceira ronda negocial, realizada na quinta-feira, considerando que os mesmos têm "origem duvidosa", pretendem "subverter a realidade dos factos" e "denegrir a imagem pública dos trabalhadores e reformados da CGD e omitir a real perda de poder de compra acumulada nos últimos anos".
Em comunicado emitido esta quinta-feira, a Caixa Geral de Depósitos diz que propôs um aumento salarial médio de 3,25% (aumentos entre 3% e 6,74% consoante os níveis salariais), o que foi recusado pelos sindicatos.
Segundo a CGD, a proposta "reflete o reconhecimento pela Caixa do contributo dos colaboradores para os resultados alcançados, mas tem igualmente em conta o atual contexto económico e as orientações conhecidas" para o setor empresarial do Estado (aumento da massa salarial global até 5% sendo a referência por trabalhador de 3%) e está acima do que propõe a generalidade do setor (2%).
A CGD diz ainda que, no banco, a remuneração mensal mínima bruta (antes de pagar impostos) é de 1.458 euros e que a remuneração bruta média (excluindo a administração) é de 2.618 euros, valores que já incluem subsídio de refeição. Para 2024, a CGD propõe que o subsídio de refeição passe de 12,50 euros para 12,91 euros.
A Caixa Geral de Depósitos ainda não apresentou as contas de 2023, mas os resultados até setembro, de lucros de 987 milhões de euros, permitem antever um ano histórico.
O banco público tem contratação coletiva autónoma, pelo que negoceia com sindicatos à parte da maioria da banca (também BCP tem negociação própria). Em 2023, STEC e CGD acordaram um aumento de 76 euros na tabela salarial.
Os bancos subscritores do Acordo Coletivo de Trabalho do setor bancário (são cerca de 20, caso de Santander Totta, Novo Banco e BPI) têm uma mesa comum de negociação salarial comum, tendo proposto 2% enquanto os sindicatos afetos à UGT exigem 6%.
Em comunicado, o STEC refere que esta greve foi decidida durante um plenário realizado após a terceira ronda negocial com a administração da CGD, que respondeu com um aumento salarial de 3,25% para 2024 à proposta do sindicato de aumentos de 5,9% com um mínimo de 110 euros.
Para o dia da greve está também marcada uma concentração frente ao edifício sede da CGD, em Lisboa, para a qual o STEC convoca não apenas os trabalhadores, mas também os pré-reformados e reformados.
No comunicado, a estrutura sindical refere que na origem desta greve está não apenas o "valor inadmissível" proposto para aumentos salariais, mas também a redução de milhares de trabalhadores e encerramento de balcões ou a contratação de "milhares de trabalhadores" em regime de 'outsourcing'.
O STEC refuta ainda os dados apresentados pela administração da CGD após a terceira ronda negocial, realizada na quinta-feira, considerando que os mesmos têm "origem duvidosa", pretendem "subverter a realidade dos factos" e "denegrir a imagem pública dos trabalhadores e reformados da CGD e omitir a real perda de poder de compra acumulada nos últimos anos".
Em comunicado emitido esta quinta-feira, a Caixa Geral de Depósitos diz que propôs um aumento salarial médio de 3,25% (aumentos entre 3% e 6,74% consoante os níveis salariais), o que foi recusado pelos sindicatos.
Segundo a CGD, a proposta "reflete o reconhecimento pela Caixa do contributo dos colaboradores para os resultados alcançados, mas tem igualmente em conta o atual contexto económico e as orientações conhecidas" para o setor empresarial do Estado (aumento da massa salarial global até 5% sendo a referência por trabalhador de 3%) e está acima do que propõe a generalidade do setor (2%).
A CGD diz ainda que, no banco, a remuneração mensal mínima bruta (antes de pagar impostos) é de 1.458 euros e que a remuneração bruta média (excluindo a administração) é de 2.618 euros, valores que já incluem subsídio de refeição. Para 2024, a CGD propõe que o subsídio de refeição passe de 12,50 euros para 12,91 euros.
A Caixa Geral de Depósitos ainda não apresentou as contas de 2023, mas os resultados até setembro, de lucros de 987 milhões de euros, permitem antever um ano histórico.
O banco público tem contratação coletiva autónoma, pelo que negoceia com sindicatos à parte da maioria da banca (também BCP tem negociação própria). Em 2023, STEC e CGD acordaram um aumento de 76 euros na tabela salarial.
Os bancos subscritores do Acordo Coletivo de Trabalho do setor bancário (são cerca de 20, caso de Santander Totta, Novo Banco e BPI) têm uma mesa comum de negociação salarial comum, tendo proposto 2% enquanto os sindicatos afetos à UGT exigem 6%.