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Sindicato avisa CGD: “Com menos agências, seguramente que se faz menos negócio”

Rui Riso deixa, em declarações ao Negócios, críticas ao anúncio de rescisões pela CGD, por não revelar qual o valor de negócio perdido nos recentes encerramentos.

Bruno Simão
11 de Junho de 2018 às 19:06
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O Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas (SBSI) deixa um aviso à Caixa Geral de Depósitos: "com menos agências, seguramente que se faz menos negócio". "Um menor número de agências condiciona a actividade da Caixa e de qualquer banco", afirma, ao Negócios, o dirigente do sindicato filiado na UGT, Rui Riso. "Nem vale a pena pensar que pode continuar a fazer o mesmo negócio", continua.

 

Rui Riso, também deputado à Assembleia da República pelo Partido Socialista, diz que tem de repetir de que "é de lamentar profundamente que as reestruturações se façam à custa dos clientes e dos trabalhadores".

 

No comunicado em que dá conta do encerramento de 70 agências este ano, a grande maioria das quais este mês, a Caixa explica que, nos fechos mais recentes, tem conseguido manter 95% dos seus clientes. "Resta saber se são os mais importantes", comenta o dirigente sindical, acrescentando que o banco público não esclarece "qual a percentagem de negócio que tem estado a perder".

 

A CGD sublinha que o corte de 70 agências faz parte do plano estratégico que foi acordado no ano passado na sequência da capitalização de 3,9 mil milhões de euros pelo Estado, sendo que adianta que a maior parte dos fechos são em grandes centros urbanos. "Resta saber o que consideram urbano", ironiza Rui Riso. O banco não revela qual a rede de bancos que vai fechar.

 

Além disso, há um efeito de contágio para o futuro, com o receio de fazer negócio com agências que podem correr o risco de encerrar, segundo o líder do SBSI, que pertence à Febase. A CGD indica que irá "disponibilizar gratuitamente, durante um ano, um cartão de débito para utilização nas áreas automáticas e ATM existentes em todo o território nacional e internacional" aos clientes visados.

 

Rui Riso também considera que este processo, que deverá estar na sua maioria terminado em Junho, vai acabar por acelerar a saída de pessoal. O processo de rescisão por mútuo acordo está "a andar". "O prazo era suficientemente largo para que não se gerassem grandes pressões", admite, sendo que, ainda assim, a conflitualidade maior neste tipo de procedimentos ocorre, com mais frequência, no seu término.

 

A CGD avançou com um plano de rescisões este ano, com idênticas condições às do ano passado.

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