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Seguradoras produzem menos 1,4 mil milhões de euros em dois anos

As 43 empresas supervisionadas pela autoridade presidida por José Almaça alcançaram um lucro de 210 milhões de euros no primeiro semestre, face aos 99 milhões do ano anterior.

Bruno Simão
05 de Setembro de 2017 às 15:58
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Em dois anos, as seguradoras produziram menos 1,4 mil milhões de euros em seguro directo. Os produtos do ramo vida - em que se integram seguros de vida, planos poupança reforma e produtos ligados a fundos de investimento - são os responsáveis por esta quebra.

 

No primeiro semestre deste ano, a produção global de seguro directo foi de 5,1 mil milhões de euros, o que representa um aumento de 0,6% em relação ao ano anterior, mas uma quebra de 21% face aos primeiros seis meses de 2015. Os referidos 1,4 mil milhões. 

 

Os dados, revelados pela Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões esta terça-feira 5 de Setembro, mostram que o ramo vida continua a ser o mais significativo, mas aquele que registou a maior descida: as companhias produziram 3 mil milhões de euros em seguro directo até Junho, quando o número quase ascendia aos 4,7 mil milhões no primeiro semestre de 2015. Aliás, no segundo trimestre deste ano, o valor gerado foi o mais baixo nos últimos dois meses. Os contratos de vida não ligados a fundos de investimento foram os grandes responsáveis pela quebra.

 

O comportamento inverso foi registado no ramo não vida, que engloba, entre outros, seguros automóvel, doença e incêndio. O ramo cresceu cerca de 100 milhões por ano e alcançou os 2 mil milhões de euros de produção. Em termos homólogos, a subida foi de 8,3%.

 

Com estas mudanças, o ramo vida perdeu força: "A estrutura da carteira [das companhias seguradoras supervisionadas pela ASF] apresentou uma composição um pouco diferente da observada em Junho de 2016, com os ramos não vida a aumentarem o seu peso na carteira de 37,7% para 40,6%".

 

Por sua vez, adianta o mesmo relatório, "os custos com sinistros de seguro directo apresentaram uma diminuição de 31,2% face ao semestre homólogo", praticamente a mesma evolução face a Junho de 2015. Fixou-se em 4,5 mil milhões de euros no final do semestre. Aqui, a quebra de 40,5% do ramo vida deu o principal contributo (3,1 mil milhões, pelo que o grande peso na carteira) já que os ramos vida marcaram um aumento de 8% nos custos com sinistros.

 

Lucros mais do que duplicam

 

Em termos de evolução dos resultados, as 43 empresas supervisionadas pela autoridade presidida por José Almaça (na foto) alcançaram um lucro de 210 milhões de euros no primeiro semestre, face aos 99 milhões do ano anterior. Destas 43 empresas, 35 apresentaram resultados líquidos. Em 2015, o lucro consolidado no primeiro semestre era de 432 milhões.

Os últimos anos têm sido de mudança para as companhias seguradoras. Com a crise, houve grandes entidades do sector que tiveram de ser capitalizadas, acabando por haver alterações de accionistas. A Fidelidade e a Tranquilidade são apenas exemplos de companhias que mudaram de mãos nos últimos anos.

No semestre, os rácios de cobertura subiram, tanto no que diz respeito ao rácio de cobertura do requisito de capital de solvência (que passou de 155% para 182% de Dezembro para Junho) como em relação ao rácio de cobertura do requisito de capital mínimo (que subiu de 428% para 529% nos mesmos seis meses).

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