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Santander quer cortar 1.200 empregos em Espanha
O plano de reestruturação do banco espanhol no mercado doméstico passa pelo corte de 5% da força de trabalho e pelo fecho de 450 balcões.
O Santander pretende eliminar um máximo de 1.200 postos de trabalho em Espanha, o que representa 5% da força de trabalho do banco no país.
O objectivo foi transmitido pelo banco espanhol aos sindicatos e está a ser noticiado pela imprensa espanhola. O Santander já tinha anunciado que iria implementar um plano de reestruturação no mercado doméstico, que passaria pelo corte de postos de trabalho e pelo fecho de 450 balcões, que representa 13% da rede do banco em Espanha.
Os serviços centrais do banco em Espanha também serão afectados por esta restruturação, sendo que o Santander admite rever a meta de cortes de postos de trabalho caso seja alcançado um acordo com os sindicatos.
De acordo com o Expansion, os sindicatos mostraram-se disponíveis para negociar, confiando que o Santander irá propor condições similares às apresentadas na reestruturação que foi implementada para absorver o Banesto. Nesse caso o Santander avançou com pré-reformas aos 55 anos com 70% do salário.
O plano de reestruturação do banco liderado por Ana Botin (na foto) vai incidir sobretudo nas unidades mais pequenas, com entre um a três empregados, para o banco apostar em maiores, com mais recursos humanos e técnicos e mais rentáveis.
O Santander pretende apostar em um novo conceito de sucursal, mais multicanal e focado no tratamento especializado do cliente, pretendendo adaptar agora 350 balcões a este figurino e com a meta de mil em 2018.
Os sindicatos receiam que as mudanças signifiquem um ajuste severo do efectivo e um redimensionamento dos serviços centrais do Santander Espanha.
O Santander não é o único banco que está estudar redimensioar estrutura em Espanha, pois a medida está também nos planos do BBVA. "Temos uma rede de 3.800 balcões em Espanha. Faz sentido? Não. Podemos reduzi-la. Sim." Foi esta forma que Carlos Torres, presidente executivo do BBVA, admitiu numa entrevista à agência Bloomberg que a actual rede de balcões do banco espanhol é "excessiva" devido às transformações digitais que o sector atravessa.
Carlos Torres não avançou datas concretas mas sublinhou que, no longo prazo, o banco pode "sobreviver" com apenas 1.000 balcões.