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Santander vai libertar 90 mil milhões para crédito com suspensão de dividendos

Ana Botín, presidente do Santander, revelou que a suspensão dos dividendos vai dar capacidade ao grupo para conceder crédito adicional de 90.000 milhões de euros.

Bloomberg
Negócios 03 de Abril de 2020 às 11:01
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A presidente do Santander, Ana Botín, revelou que a pandemia da covid-19, "que está a provocar uma crise económica global sem precedentes", vai obrigar a instituição financeira a rever as metas do plano estratégico apresentado há um ano. O anúncio foi durante a assembleia geral que o banco realizou esta sexta-feira, segundo o Expansion.

Na reunião que decorreu esta sexta-feira, Ana Botín aproveitou ainda para sublinhar que a recente decisão de cancelar o pagamento dos dividendos aos acionistas relativos aos exercícios de 2019 e 2020 vai aumentar a capacidade do grupo em ceder crédito a particulares e empresas. Esta medida tomada em circunstâncias "excecionais", vão permitir ao Santander ter 90.000 milhões de euros em crédito adicional, acrescentou a presidente do banco espanhol.

"É muito cedo para entender e quantificar qual será o impacto total da pandemia nos mercados em que operamos", começou por explicar. Porém, não tem dúvidas de que há consenso que "o impacto a curto prazo será muito relevante".

"Devemos preparar-nos para uma profunda contração no PIB mundial na primeira metade do ano. A partir daí, a economia poderá registar uma recuperação notável, mas não tão intensa quanto a queda da primeira metade do ano ", acrescentou Ana Botin durante a reunião por videoconferência a partir de Madrid.

Nesse sentido, e "dada a incerteza e a falta de visibilidade que existe sobre a evolução das economias no curto prazo, voltaremos a rever os nossos objetivos a médio prazo, quando a situação estabilizar", antecipou.

O plano estratégico, apresentado em abril de 2019, previa alcançar um retorno sobre o capital tangível ordinário (RoTE) entre 13 e 15% no médio prazo e melhorar o índice de eficiência para 43-45%, bem como manter um índice de solvência CET1 "totalmente implementado" — com todos os requisitos de Basileia — entre 11 e 12%.

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