Notícia
Santander quer vender 6 mil milhões de euros em ativos tóxicos
O banco liderado por Ana Botín quer vender uma carteira de ativos tóxicos composta por hipotecas e terrenos. Uma operação de "limpeza" que deverá arrancar na próxima semana.
De acordo com o El Confidencial, trata-se de uma das maiores operações do Santander desde 2017, quando o banco liderado por Ana Botín vendeu 51% do negócio imobiliário do Popular por 30 mil milhões de euros.
A publicação adianta ainda que o banco tem estado a contactar grandes fundos para que estes se preparem para analisar uma carteira de 2,7 mil milhões de euros em hipotecas e outra de 3 mil milhões em terrenos. De acordo com fontes consultadas pelo El Confidencial, as vendas não devem estar concluídas até ao primeiro trimestre de 2020. Isto considerando o processo complexo de análise de operações desta dimensão.
Em Portugal, o Novo Banco tem sido a instituição financeira que mais tem vendido crédito malparado - alienou recentemente uma carteira de 3 mil milhões de euros -, naquele que foi um legado deixado pelo Banco Espírito Santo (BES).
Na semana passada, em Bruxelas, Margrethe Vestager defendeu que é preciso continuar a limpar o legado de bancos que foram alvo de medidas de resolução. E deu o exemplo do BES, uma entidade que já não era "reparável". Para a comissária europeia para a Concorrência, esta foi a solução que garantiu a estabilidade financeira do setor.