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Santander pretende vender parte dos activos imobiliários do Popular por 5 mil milhões

Segundo a Bloomberg, o Santander está a vender uma posição de 51% numa parceria para a gestão dos imóveis do Popular, banco que comprou por 1 euro na medida de resolução. Apollo, Blackstone e Lone Star, compradora do Novo Banco, estão na corrida.

Reuters
06 de Julho de 2017 às 13:54
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O Santander procura encaixar 5 mil milhões de euros numa parceria em que fiquem alojados os activos imobiliários que pertenciam ao Popular, banco que comprou a 1 euro no âmbito de uma medida de resolução.

 

Segundo noticia a agência Bloomberg, com base em três fontes anónimas próximas do tema, o objectivo é criar uma parceria em que um investidor externo detenha 51% e o banco espanhol os restantes 49%. Aí estarão activos imobiliários e outros activos comprados ao Popular, avaliados em 30 mil milhões de euros.

 

Já há, de acordo com a mesma notícia, uma lista de entidades finalistas para serem as parceiras da instituição financeira sob o comando de Ana Botín: a Blackstone, a Apollo (dona da Tranquilidade) e a Lone Star (que está em processo de aquisição do Novo Banco). Todas estas entidades são gestoras de fundos de "private equity", ou seja, capital de risco, que investem em empresas em situações desequilibradas para recuperá-las e daí obter retorno. 

 

Um dos pesos que o Popular enfrentava nos últimos meses era, precisamente, o do imobiliário e o receio do seu impacto no balanço da instituição financeira. Foi, aliás, um dos motivos para a queda abrupta que o banco protagonizou na bolsa madrilena em 2017.

 

A 7 de Junho, após uma fuga de depósitos decorrente de todas as notícias em torno do banco, o Popular foi alvo de uma medida de resolução, impondo perdas aos accionistas e credores subordinados, sendo vendido por um euro ao Santander.

 

Para financiar a absorção do Popular, o Santander, presente em Portugal através do Santander Totta (após a compra do Banif), promoveu um aumento de capital de 7 mil milhões de euros, que está em curso e que se estende até 27 de Julho. Na área imobiliária, o banco quis fazer provisões adicionais, na ordem dos 7,2 mil milhões de euros, para conseguir reduzir mais rapidamente a exposição ao ramo. 

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