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Santander conclui 1.080 saídas voluntárias e mais 20 terão de sair sem acordo em Espanha
Na sequência da integração do Popular, o grupo Santander empreendeu uma reestruturação que, em Espanha, passou pelo recurso a uma espécie de despedimento colectivo.
Mais de mil pessoas vão sair do Banco Santander em Espanha. Este é um dos passos dados por conta da integração do Popular na instituição financeira presidida por Ana Botín (na foto), determinada pela medida de resolução que teve lugar em Julho do ano passado.
Segundo o jornal Expansión, o acordo entre o Santander e os sindicatos visava a eliminação de 1.100 postos de trabalho. Em causa estão, sobretudo, os serviços centrais, onde há mais redundâncias com a integração. O banco conseguiu chegar a acordo para 1.080 saídas voluntárias, sendo que restam 20 para cumprir o objectivo, que não serão amigáveis.
De acordo com os pormenores descritos pela publicação, com base nas informações transmitidas pela comissão que acompanha o processo em Espanha, haverá 378 pré-reformas para funcionários com mais de 55 anos.
Além das saídas, haverá também deslocalização de profissionais, que estavam nos serviços centrais e passam para os balcões. O Santander registou, em 2017, um lucro de 6.619 milhões de euros, o que representa um crescimento de 7% face ao ano anterior.
Em Portugal, o Santander está presente através do Santander Totta, que integrou o Popular Portugal. Também aqui o banco assumiu que terá de fazer uma racionalização, sendo que o presidente António Vieira Monteiro tem assegurado que as rescisões serão sempre amigáveis, como aconteceu quando a instituição financeira absorveu o Banif, igualmente numa medida de resolução.