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Salgado, o "mentiroso compulsivo" que "era capaz de dizer que esta folha branca é preta"

Em declarações gravadas, Pedro Queiroz Pereira, já falecido, afirma que o Grupo Espírito Santo "quando consolidava usava os valores que achava que eram bons".

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Pedro Queiroz Pereira entende que Ricardo Salgado tinhas "características boas e más. Uma boa: era muito trabalhador. As más: era um ambicioso desmedido e um mentiroso compulsivo".

As declarações do acionista do Banco Espírito Santo (BES) que fez frente ao então CEO foram proferidas em 2018 na fase de inquérito do processo e reproduzidas esta manhã no julgamento.

"Ele era capaz de chegar aqui e dizer que esta folha de papel branca é preta", afirmou perante o Ministério Público. "E era capaz de convencer as pessoas", continuou, acrescentando que Salgado era "um caso gritante de uma pessoa que diz coisa, convence-se daquilo que diz e acredita que o interlocutor ficou convencido também".

Queiroz Pereira foi, a par de José Maria Ricciardi, um dos críticos da liderança do antigo presidente executivo do Universo Espírito Santo e que tentou denunciar a situação junto do Banco de Portugal. Morreu em 2018. 

"O que me revoltou mais foi que eles andavam comprar sem dinheiro", afirmou perante o Ministério Público na gravação reproduzida no julgamento."As contas estavam mal porque quando consolidavam contas não usavam os valores de cotação, usavam os valores que achavam que eram bons", atirou.

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