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Acordo de Salgado e Queiroz Pereira tinha penalização de confidencialidade de 300 milhões

O acordo assinado em 2013 para cessar o litígio entre as duas partes implicava que o empresário da Semapa parasse as denúncias ao Banco de Portugal sobre o BES.

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"Eu não estava nisto para fazer de polícia. Estava porque ele, mesmo sem dinheiro andava a seduzir sócios meus para tomar controlo do meu grupo". Foi assim que Pedro Queiroz Pereira justificou, em 2018, o seu conflito com Ricardo Salgado.


O empresário, dono da Semapa, foi o rosto de uma guerra entre os dois blocos que levou a cabo com o objetivo de impedir que o Universo Espírito Santo tomasse conta do seu próprio grupo empresarial.

Esse conflito implicou denúncias ao Banco de Portugal, que o GES queria parar.

"Fiz esta pressão toda para que ele saísse do mapa", afirmou o empresário em 2015, na fase de inquérito do processo BES. Ao Ministério Público, Queiroz Pereira confirmou que foi feito um acordo entre as duas partes. "Eu comprei as posições todas que estavam em causa". Moeda de troca? "Eu deixava de ir para o Banco de Portugal".

E a penalização não era curta. "O acordo tinha uma cláusula de confidencialidade com uma penalidade de 300 milhões de euros", disse perante a magistrada do Ministério Público que conduziu o inquérito reproduzido nesta terça-feira no julgamento.

Queiroz Pereira morreu em 2018, depois de ter entrado em conflito com Ricardo Salgado e de ter contribuído para a queda do ex-banqueiro, ao expor os problemas nas contas do Grupo Espírito Santo (GES).

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