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Rui Rio: "Falta saber quem é o último beneficiário" da venda da antiga GNB Vida
O presidente do PSD, Rui Rio, considerou esta terça-feira que "falta saber quem é o último beneficiário" da venda da antiga seguradora GNB Vida, operação que gerou perdas compensadas com verbas do Fundo de Resolução.
11 de Agosto de 2020 às 20:16
"Em 2016, no balanço do Banco Bom, a GNB Vida valia 620 MEuro. Em Junho de 2019 tinha capitais próprios de 391 MEuro. Três meses depois é vendida por 123 MEuro. As perdas, que dizem ser de 268 MEuro, pagaram os contribuintes. E ainda falta saber quem é o último beneficiário desta coisa", considerou hoje Rui Rio, numa publicação na rede social Twitter.
Na segunda-feira o jornal Público avançou que a seguradora GNB Vida (agora designada Gama Life), "foi vendida em outubro de 2019, a fundos geridos pela Apax Partners, com um desconto de 68,5% face ao valor contabilístico inscrito no balanço de 30 de junho daquele ano".
A operação "gerou uma perda para a instituição financeira de 268,2 milhões de euros" e serviu para o presidente do Novo Banco, António Ramalho, "justificar novo pedido de injeção de dinheiros públicos", explicou o Público.
No entanto, aditou o jornal, "não é apenas a variação acentuada de valores a suscitar controvérsia, são os sinais de que as autoridades nacionais e europeias desvalorizaram os indícios de ligação do comprador da Gama Life ao magnata do setor segurador Greg Lindberg, condenado já este ano pela Justiça norte-americana por corrupção e fraude fiscal".
Em setembro de 2018, o banco de António Ramalho tinha comunicado ao mercado que a GNB Vida tinha sido vendida por 190 milhões de euros à Bankers Insurance Holdings, pertencente ao Global Bankers Insurance Group, detido por Greg Lindberg.
Contudo, o negócio entrou em compasso de espera depois de se ter tornado público que Lindberg estava a ser investigado por fraude fiscal, corrupção e pagamentos indevidos ao Partido Republicano a troco de benefícios regulatórios para o Global Bankers, escreve ainda o jornal.
O Público associa os currículos dos gestores da GamaLife (nova designação da GNB Vida) a Greg Lindberg, apelidando o "principal executivo" Matteo Castelvetri de "braço direito" de Lindberg na Europa, mencionando ainda que o número dois, Alistair Wallace Bell, foi diretor de estratégia e de operações do GBIG para a Europa, sendo agora ambos parceiros na antiga GNB Vida.
A seguradora GamaLife, anteriormente designada por GNB Vida e pertencente ao Novo Banco, já rejeitou ter "qualquer relação" com o gestor acusado de corrupção Greg Lindberg, segundo um comunicado ao mercado.
A Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) afirmou também na segunda-feira que não observou nenhuma ligação entre os compradores da GNB Vida, seguradora do Novo Banco, e Greg Lindberg, gestor acusado de corrupção nos Estados Unidos.
O Fundo de Resolução, entidade na esfera do Banco de Portugal (BdP) que detém 25% do Novo Banco, afirmou que o montante da venda da seguradora GNB Vida refletiu "o valor de mercado" da empresa, à data.
Em 2016, no balanço do Banco Bom, a GNB Vida valia 620 M€. Em Junho de 2019 tinha capitais próprios de 391 M€. Três meses depois é vendida por 123 M€. As perdas, que dizem ser de 268 M€, pagaram os contribuintes. E ainda falta saber quem é o último beneficiário desta coisa. https://t.co/WMNqmc8ZzS
— Rui Rio (@RuiRioPSD) August 11, 2020
Na segunda-feira o jornal Público avançou que a seguradora GNB Vida (agora designada Gama Life), "foi vendida em outubro de 2019, a fundos geridos pela Apax Partners, com um desconto de 68,5% face ao valor contabilístico inscrito no balanço de 30 de junho daquele ano".
A operação "gerou uma perda para a instituição financeira de 268,2 milhões de euros" e serviu para o presidente do Novo Banco, António Ramalho, "justificar novo pedido de injeção de dinheiros públicos", explicou o Público.
No entanto, aditou o jornal, "não é apenas a variação acentuada de valores a suscitar controvérsia, são os sinais de que as autoridades nacionais e europeias desvalorizaram os indícios de ligação do comprador da Gama Life ao magnata do setor segurador Greg Lindberg, condenado já este ano pela Justiça norte-americana por corrupção e fraude fiscal".
Em setembro de 2018, o banco de António Ramalho tinha comunicado ao mercado que a GNB Vida tinha sido vendida por 190 milhões de euros à Bankers Insurance Holdings, pertencente ao Global Bankers Insurance Group, detido por Greg Lindberg.
Contudo, o negócio entrou em compasso de espera depois de se ter tornado público que Lindberg estava a ser investigado por fraude fiscal, corrupção e pagamentos indevidos ao Partido Republicano a troco de benefícios regulatórios para o Global Bankers, escreve ainda o jornal.
O Público associa os currículos dos gestores da GamaLife (nova designação da GNB Vida) a Greg Lindberg, apelidando o "principal executivo" Matteo Castelvetri de "braço direito" de Lindberg na Europa, mencionando ainda que o número dois, Alistair Wallace Bell, foi diretor de estratégia e de operações do GBIG para a Europa, sendo agora ambos parceiros na antiga GNB Vida.
A seguradora GamaLife, anteriormente designada por GNB Vida e pertencente ao Novo Banco, já rejeitou ter "qualquer relação" com o gestor acusado de corrupção Greg Lindberg, segundo um comunicado ao mercado.
A Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) afirmou também na segunda-feira que não observou nenhuma ligação entre os compradores da GNB Vida, seguradora do Novo Banco, e Greg Lindberg, gestor acusado de corrupção nos Estados Unidos.
O Fundo de Resolução, entidade na esfera do Banco de Portugal (BdP) que detém 25% do Novo Banco, afirmou que o montante da venda da seguradora GNB Vida refletiu "o valor de mercado" da empresa, à data.