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ASF chumbou idoneidade de magnata condenado por corrupção para comprar seguradora do Novo Banco
O regulador dos seguros esclareceu que não se pronunciou sobre a operação de venda da seguradora do Novo Banco, tendo apenas avaliado a idoneidade dos potenciais acionistas.
A Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) reagiu à notícia avançada pelo Publico sobre a venda da seguradora do Novo Banco, assinalando que não foi reconhecida idoneidade à empresa de um magnata condenado por corrupção nos EUA.
Em comunicado, o regulador assinala que "em momento algum se pronunciou sobre a operação de venda, mas apenas sobre a idoneidade e a capacidade dos novos acionistas para assegurar a gestão sã e prudente" da companhia de seguros.
"Os requerentes informaram que um fundo gerido pela Apax Partners LLP pretendia adquirir a GBIG Portugal, S.A., e, consequentemente, Greg Evan Lindberg não seria o beneficiário último da operação, nem a estrutura acionista prevista para a GNB – Companhia de Seguros de Vida, S.A. seria aquela que tinha sido apresentada no processo inicial", refere a ASF, que neste contexto "deliberou declarar, a extinção, por desistência, do procedimento de avaliação" da intenção de Greg Evan Lindberg de concretizar o negócio com o Novo Banco.
A "ASF, nas múltiplas diligências efetuadas, antes e após a referida deliberação de não oposição, não apurou qualquer ligação entre Greg Evan Lindberg e o grupo adquirente da GNB - Companhia de Seguros de Vida, S.A., sociedade que, entretanto, alterou a sua designação social para GamaLife - Companhia de Seguros de Vida, S.A", concretiza o regulador.
O jornal Público noticia esta segunda-feira que o Novo Banco vendeu em outubro uma seguradora com um desconto de quase 70% a fundos geridos pela Apax, operação que gerou uma perda de 268,2 milhões e foi compensada com verbas do Fundo de Resolução.
O Novo Banco diz que o valor de venda da GNB – Companhia de Seguros de Vida, conhecida por Gama Life, "ascendeu a um preço fixo inicial de 123 milhões de euros acrescido de uma componente variável de até 125 milhões de euros indexada a objetivos de distribuição constantes do contrato entre o NOVO BANCO e a GNB Vida para distribuição de produtos de seguros vida em Portugal por um período de 20 anos".