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Fundo de Resolução nega que seguradora do Novo Banco foi vendida a “gestor condenado por corrupção”

Em comunicado, o Fundo de Resolução rejeita que a GNB Vida tenha sido vendida a gestor condenado por corrupção e com um desconto de 70% no preço.

António Ramalho
10 de Agosto de 2020 às 18:46
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O Fundo de Resolução nega que a seguradora do Novo Banco, a GNB Vida, tenha sido vendida a um "gestor condenado por corrupção" e esclarece que o valor da transação correspondeu ao valor da melhor oferta recebida num processo que foi "aberto e competitivo".

Os esclarecimentos, feitos num comunicado divulgado esta segunda-feira, 10 de agosto, surgem depois de o jornal Público ter noticiado que a GNB Vida foi vendida com um desconto de 70%, coberto por ajuda do Estado, a um magnata condenado por corrupção nos Estados Unidos.

"É falso que a GNB Vida tenha sido adquirida por "um gestor condenado por corrupção": a aquisição foi feita pelos fundos APAX Partners, cuja idoneidade foi objeto de avaliação pela autoridade competente", refere o Fundo de Resolução em comunicado.

E acrescenta: "Na avaliação do Fundo de Resolução, o valor da venda correspondeu ao valor da melhor oferta recebida na sequência de um processo de venda aberto e competitivo e reflete, portanto, o valor de mercado, naquele momento, do ativo em causa".

O Fundo de Resolução explica ainda que a participação detida pelo Novo Banco na GNB Vida se encontrava abrangida pelo mecanismo de capitalização contingente, e que a operação de venda foi analisada "à luz do objetivo de minimização das perdas abrangidas por esse mecanismo".

"Em consequência, o Fundo de Resolução concluiu que a concretização da venda da GNB Vida se mostrava, face aos cenários possíveis, como a solução que minimizava as perdas para o mecanismo de capitalização contingente, ao mesmo tempo que permitia dar cumprimento ao compromisso assumido pelo Estado junto da Comissão Europeia", segue ainda o comunicado, acrescentando que o Fundo de Resolução "teve presente que a avaliação da idoneidade do comprador compete à Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF)".

A ASF já havia esclarecido hoje que nunca se pronunciou sobre a operação de venda, mas apenas sobre a idoneidadee a capacidade dos novos acionistas "para assegurar a gestão sã e prudente" da companhia de seguros.

A ASF recebeu o pedido por parte da Greg Evan Lindberg e da sociedade GBIG Portugal de não oposição à aquisição do controlo da GNB – Companhia de Seguros de Vida. O regulador apurou a existência de "diversas acusações de natureza penal" sobre a Greg Evan Lindberg, que viria depois a desistir da operação.

"Os requerentes informaram que um fundo gerido pela Apax Partners LLP pretendia adquirir a GBIG Portugal, S.A., e, consequentemente, Greg Evan Lindberg não seria o beneficiário último da operação, nem a estrutura acionista prevista para a GNB – Companhia de Seguros de Vida, S.A. seria aquela que tinha sido apresentada no processo inicial", refere a ASF, que neste contexto "deliberou declarar, a extinção, por desistência, do procedimento de avaliação" da intenção de Greg Evan Lindberg de concretizar o negócio com o Novo Banco.

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