Notícia
Relatório Costa Pinto: Atuação "mais enérgica" do Banco de Portugal podia ter evitado problemas no BES
João Costa Pinto é o primeiro nome a ser ouvido na comissão de inquérito ao Novo Banco. O responsável liderou a comissão independente que produziu o relatório sobre o caso BES.
O relatório sobre a atuação do Banco de Portugal no caso BES revelou, diz João Costa Pinto, que uma atuação "mais enérgica" do regulador teria evitado os problemas no banco liderado à data por Ricardo Salgado.
A comissão independente que produziu o relatório Costa Pinto "não fez julgamentos" procurando "chegar a conclusões com base em factos", afirmou o ex-vice-governador do Banco de Portugal, que liderou esta comissão, aos deputados na primeira audição da comissão de inquérito ao Novo Banco.
De acordo com o responsável, a comissão "chegou à conclusão, em momentos distintos, que uma atuação mais enérgica [do Banco de Portugal] poderia ter evitado ou minimizado problemas" no BES.
"A supervisão não atuou em tempo útil, com a energia que devia ter atuado", disse ainda, notando que "isso não afasta a responsabilidade da gestão do GES".
O ex-presidente do conselho de auditoria do Banco de Portugal relembrou ainda que "o país estava a sair de uma crise financeira gravíssima", com implicações sobre a economia. "O GES, e em particular o BES, era uma instituição sistémica de enorme importância", sendo que "quase 70% do ativo do BES era crédito a empresas".
Nesse sentido, disse, "uma atuação não se podia limitar a um nível técnico ou de supervisão. Tinha de garantir a estabilidade do sistema financeiro e evitar o risco sistémico".
A comissão independente que produziu o relatório Costa Pinto "não fez julgamentos" procurando "chegar a conclusões com base em factos", afirmou o ex-vice-governador do Banco de Portugal, que liderou esta comissão, aos deputados na primeira audição da comissão de inquérito ao Novo Banco.
"A supervisão não atuou em tempo útil, com a energia que devia ter atuado", disse ainda, notando que "isso não afasta a responsabilidade da gestão do GES".
O ex-presidente do conselho de auditoria do Banco de Portugal relembrou ainda que "o país estava a sair de uma crise financeira gravíssima", com implicações sobre a economia. "O GES, e em particular o BES, era uma instituição sistémica de enorme importância", sendo que "quase 70% do ativo do BES era crédito a empresas".
Nesse sentido, disse, "uma atuação não se podia limitar a um nível técnico ou de supervisão. Tinha de garantir a estabilidade do sistema financeiro e evitar o risco sistémico".