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PS chama José Luís Arnaut ao inquérito ao BES

Um dia depois de ter sido envolvido no empréstimo recebido pelo BES através de um veículo em que o Goldman Sachs participou, José Luís Arnaut é convocado a dar explicações na comissão de inquérito.

41.º- José Luís Arnaut
É hoje um dos advogados do regime. Intervenção nas privatizações revela-o.
20 de Janeiro de 2015 às 12:28
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O Partido Socialista quer que José Luís Arnaut dê explicações na comissão parlamentar de inquérito à gestão do BES e do GES. Em causa está o envolvimento do ex-ministro, que pertence ao conselho consultivo internacional do Goldman Sachs, num veículo através do qual o BES se financiou a pouco mais de um mês da derrocada.

 

"Os deputados do grupo parlamentar do Partido Socialista vêm requer a seguinte audição: membro do conselho consultivo internacional da Goldman Sachs, José Luís Arnaut", indica o requerimento assinado pelo grupo coordenado por Pedro Nuno Santos e dirigido a Fernando Negrão, presidente da comissão de inquérito.

 

Houve um veículo financeiro utilizado pelo BES, o Oak Finance, através do qual o banco se financiou em Junho e que contou com a compra e venda de dívida por parte de outras instituições - foi feita uma securitização de dívida. O Goldman Sachs foi um dos bancos envolvidos. O Wall Street Journal escreveu esta segunda-feira, 19 de Janeiro, que esteve em causa um "esforço conjunto" de vários grandes nomes do banco americano para conseguirem ganhar o negócio com o BES. Os portugueses José Luís Arnaut e António Esteves são referidos como tendo tido uma participação essencial.

 

Arnaut, que foi ministro de Durão Barroso e Santana Lopes, esteve em contacto com Ricardo Salgado, então presidente executivo do Banco Espírito Santo. Segundo relata o jornal, ofereceu a ajuda do Goldman para encontrar o dinheiro de que o banco precisava. Não é indicado quando foi feito este contacto com Salgado.

 

O ex-governante foi contratado para o Goldman Sachs em Janeiro de 2014 para "fornecer aconselhamento estratégico à empresa no alargado campo de questões empresariais, regionais, de políticas públicas e económicas, com um foco particular em Portugal e nos países de língua portuguesa em África".

 

Este veículo era uma responsabilidade do Novo Banco. Contudo, o Banco de Portugal descobriu que o Oak Finance estava ligado ao Goldman Sachs. O facto de o banco ter sido accionista de referência (com mais de 2%) do BES – algo que a instituição contesta porque defende que estava apenas a actuar em nome de clientes que não se queriam identificar – fez com que o regulador transferisse este factor para o "banco mau". O que abriu uma polémica entre a entidade presidida por Carlos Costa e o Goldman. O Novo Banco, por sua vez, libertou-se de responsabilidades de 548,3 milhões de euros com esta transferência.

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