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Provedor entra no Montepio antes de Misericórdia do Porto investir no capital

António Tavares é presidente da mesa do Montepio, cuja administração é agora mais reduzida do que até aqui. Contudo, a estrutura liderada por Carlos Tavares deverá pelo menos ganhar mais dois nomes nos próximos meses.

05 de Abril de 2018 às 19:28
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A misericórdia do Porto está já presente no Montepio, mesmo antes de ter entrado no capital da caixa económica. Depois de eleito pela associação mutualista, António Tavares já mereceu a aprovação definitiva do Banco de Portugal para presidir à mesa da assembleia-geral. 

 

O nome de António Tavares para a presidência da mesa, um cargo que não tem funções executivas e que só é chamado a actuar quando se realizam as reuniões de accionistas (habitualmente, uma vez por ano), já era falado, mas em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) é revelado que na assembleia-geral de 16 de Março já tinha sido aprovado.

Conforme frisou o Público esta semana, António Tavares é porta-voz do governo sombra de Rui Rio, líder do PSD, para a solidariedade. O PSD é, contudo, contra a entrada da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa na instituição, tendo já dito que tudo iria fazer para impedir o negócio.

 

Foi também no dia 16 de Março que a associação aprovou os novos órgãos sociais do Montepio para o mandato entre 2018 e 2021, que, contudo, só esta quarta-feira, 4 de Abril, mereceram a autorização definitiva.

 

O novo conselho de administração da Caixa Económica Montepio Geral conta com 11 nomes: Carlos Tavares, ex-presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a acumular a presidência executiva e não executiva; cinco elementos não executivos; e cinco vogais executivos.

 

Na equipa executiva, constam Nuno Mota Pinto, que veio do Banco Mundial para o Montepio mas não ficou ao leme, e Carlos Leiria Pinto, também vindo do Banco Mundial. José Sequeira Mateus, director do Montepio, Pedro Ventaneira, com passado no BESI, e Helena Costa Pina, fazem parte da equipa. 

 

Nos vogais não executivos estão Luís Henriques Guimarães, Vítor Martins e Rui Heitor, que já se encontravam no extinto conselho geral e de supervisão da caixa económica, juntando-se Amadeu Ferreira de Paiva, membro do conselho geral da associação mutualista, e ainda Manuel Ferreira Teixeira, ex-secretário de Estado da Saúde e que a SIC avançou já ter sido um nome indicado pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

Administração ainda vai crescer 

A administração, com 11 membros, irá ainda crescer. Desde logo porque Carlos Tavares só pode acumular a presidência executiva e não executiva por seis meses. E também porque no processo de entrada de entidades do terceiro sector, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa terá direito a indicar também o seu provedor, Edmundo Martinho. 

 

Todos estes nomes estão já em funções desde 21 de Março, depois de aprovados em assembleia-geral pela mutualista.


Para esta composição foi necessário alterar os estatutos, já que, até aqui, a caixa económica contava com nove membros no conselho geral e de supervisão e com sete elementos no conselho de administração executivo, presidido por Félix Morgado.

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