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Proposta do Haitong para comprar Novo Banco visa ajudar à estabilidade financeira

O presidente do banco chinês Haitong (ex-Banco Espírito Santo de Investimento) disse hoje que a entidade que dirige quer ajudar à estabilidade financeira de Portugal, mostrando-se disponível para participar numa solução para o Novo Banco.

Bloomberg
05 de Setembro de 2016 às 19:32
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"O caso do Novo Banco envolve a estabilidade do sistema financeiro de Portugal, é importante para a estabilidade financeira (...). O Haitong vai fazer os seus melhores esforços para procurar maneiras para solucionar o caso do Novo Banco", afirmou hoje Hiroki Miyazato (na foto), depois de questionado pelos jornalistas sobre a proposta informal que o banco que dirige fez com vista a uma aquisição parcial do Novo Banco.

 

Segundo o Público divulgou no início de Agosto, à margem do concurso público para a compra do Novo Banco (o banco de transição que resultou da resgate do BES), o Haitong Bank fez uma proposta ao Fundo de Resolução para uma aquisição parcial, entre o próprio banco e outros investidores, de cerca de 30% do capital social do Novo Banco.

 

Questionado hoje sobre esta proposta, que segundo o jornal foi apresentada pelo grupo chinês como uma solução que daria tempo ao Novo Banco para se reorganizar, continuando o Fundo de Resolução como accionista maioritário, Hiroki Miyazato disse apenas que desejava o melhor para o Novo Banco e que sendo esse fundamental para a estabilidade financeira em Portugal, o grupo que dirige iria fazer "os seus melhores esforços" para ajudar numa solução.

 

Aquando do regaste do Banco Espírito Santo (BES), em agosto de 2014, o BES Investimento foi integrado no Novo Banco, tendo sido vendido em Setembro de 2015 ao grupo chinês Haitong por 379 milhões de euros e denominado Haitong Bank.

 

O Haitong Bank tem Hiroki Miyazato como presidente do Conselho de Administração e José Maria Ricciardi como presidente executivo, cargo que já ocupava no BES Investimento.

 

O Novo Banco está actualmente em processo de venda, o segundo  depois de o primeiro ter sido suspenso em Setembro de 2015, com o Banco de Portugal a considerar que nenhuma proposta era interessante.

 

De momento foram quatro as propostas recebidas - dos bancos BCP e BPI e dos fundos Apollo/Centerbridge e Lone Star.

 

Os analistas que seguem o sistema bancário têm dito que o mais provável é que a venda do Novo Banco seja feita bem abaixo dos 4,9 mil milhões de euros que foram injectados na instituição, colocando pressão sobre o resto do sistema bancário, que poderá ter de arcar com os custos.

 

O futuro do Novo Banco, do qual já saíram mais de mil trabalhadores só nos últimos 12 meses, é uma incógnita, tendo o Governo dito numa carta para a Comissão Europeia, em Julho, que não iria injectar mais dinheiro e que se o banco não for vendido será liquidado

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