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Piores CoCos do mundo são do Brasil

Os instrumentos de capital contingente emitidos pelo banco estatal Banco do Brasil registaram a maior queda entre os 133 títulos similares emitidos em dólares ou euros.

Negócios 24 de Fevereiro de 2016 às 14:10
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A ligação do Banco do Brasil ao estado brasileiro, que é proprietário daquela instituição financeira, está a contribuir para que os CoCos (instrumentos de capital contingente) emitidos pelo banco estejam classificados como os piores do mundo.

 

Segundo a agência Bloomberg, estes instrumentos emitidos pelo Banco do Brasil, que correm o risco de passar a valer zero se os rácios de capital da instituição caírem para um nível excessivamente reduzido, registarem a maior queda de entre os 133 títulos similares que estão denominados em dólares ou euros.

 

A cotação dos títulos vendidos pelo banco estatal em 2012 por 1,64 mil milhões de dólares caíram 25% desde o início deste ano. A Bloomberg diz haver duas razões que explicam esta forte desvalorização.

 

A primeira passa pelo facto de o Brasil estar actualmente a tentar estimular a actividade económica do país, razão pela qual o Governo liderado por Dilma Roussef pressionou o Banco do Brasil no sentido de aumentar os riscos e diminuir a rentabilidade dos empréstimos concedidos.

 

Por outro lado, a delicada situação orçamental brasileira, que lida actualmente com a pior recessão do último século e com sete cortes de "rating" decretados em menos de dois anos ao país, fez com que os detentores de obrigações estejam cada vez menos confiantes da capacidade de Brasília para suster hipotéticas perdas do Banco do Brasil. Este banco já anunciou que em 2016 irá cortar a distribuição de dividendos para 25% dos lucros líquidos, que compara com os 40% em 2015.

 

Confrontada com uma pesada crise económica, a presidente brasileira, Dilma Roussef, deu instruções ao Banco do Brasil, à Caixa Economica Federal, e ao banco de desenvolvimento BNDES, para que garantissem cerca de 83 mil milhões de reais de crédito extra às empresas ao longo de 2016, tendo como objectivo primordial evitar despedimentos. 

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