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PCP insiste que venda do Novo Banco é "contrária ao interesse nacional"

Perante a decisão do Banco de Portugal de avançar para negociações exclusivas com o fundo Lone Star para a venda do Novo Banco, o PCP receia que eventual venda desencadeie uma "reestruturação" no banco.

Miguel Baltazar
20 de Fevereiro de 2017 às 16:51
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O PCP voltou esta segunda-feira a defender que uma eventual venda no Novo Banco ao fundo norte-americano Lone Star será "contrária ao interesse nacional" por poder desencadear um processo de reestruturação do banco, lesiva para a actividade bancária e para os trabalhadores da instituição. 

A posição dos comunistas consta de um comunicado enviado às redacções e surge na sequência do comunicado do Banco de Portugal, conhecido hoje, que confirma negociações exclusivas com a Lone Star.

"A venda do Novo Banco, um dos maiores bancos nacionais em actividade, constituirá, a concretizar-se, uma decisão contrária ao interesse nacional", lê-se no comunicado do PCP. 

"A eventual venda do banco a um grupo privado – associado a Fundos de Investimento e a actividade especulativa – depois de o Estado ter sido comprometido com avultados recursos públicos no processo de Resolução (4,9 mil milhões de euros), incluindo os seus activos mais problemáticos, como aconteceu anteriormente com o BPN e o Banif, constitui uma decisão que só pode merecer a rejeição pelo PCP", acrescentam os comunistas. 

Para o PCP, que recentemente apresentou um projecto no Parlamento a defender a nacionalização do banco que resultou do fim do BES, a venda do banco abre a porta a uma reestruturação do banco, a que o PCP se opõe. 

"A concretizar-se, tal decisão [de venda] deixaria o caminho livre para uma reestruturação do banco, com prejuízo dos seus trabalhadores e da actividade do banco, e à preparação da sua venda pelos novos donos em condições favoráveis aos seus
interesses mas lesivas do interesse público na linha do que é a natureza destes Fundos de Investimento", antecipa o partido.

A 3 de Fevereiro, as bancadas parlamentares do PS, PSD e CDS votaram juntas contra os projectos de resolução do PCP e do BE que defendiam a manutenção do Novo Banco na esfera pública.

O PCP considera que o Novo Banco "pela sua dimensão, pelo apoio que pode dar às micro, pequenas e médias empresas e às famílias, devia manter-se sob controlo público do Estado e colocado ao serviço do desenvolvimento económico do País e
das famílias, salvaguardado que seja o interesse nacional".
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