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Paulo Macedo vai "cumprir" o plano de Domingues

Não é pelo facto de a administração da Caixa mudar que se tem de alterar os compromissos que o Estado assumiu com Bruxelas, assegura o novo presidente do banco público.

Duarte Roriz/Correio da Manhã
03 de Fevereiro de 2017 às 11:44
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Paulo Macedo assume para si os compromissos que constam dos planos de reestruturação e de capitalização da Caixa Geral de Depósitos, da autoria de António Domingues e acordados pelo Estado com Bruxelas. Numa visita à agência da CGD nas Amoreiras, em Lisboa, o ex-ministro da Saúde afirmou que a sua intenção "é cumprir com o que está estabelecido".

 

"Não faz sentido que as sucessivas administrações estejam sempre a alterar os compromissos do Estado português", argumentou Paulo Macedo nas declarações que tiveram lugar esta sexta-feira, 3 de Fevereiro. Os planos foram acordados entre o Estado e a Comissão Europeia no Verão passado, quando era António Domingues o presidente da CGD. 

 

De qualquer forma, o antigo governante guarda para si uma margem para fazer acrescentos: "O conselho de administração entrou há dois dias. Irá analisar e verá aspectos para complementar o plano".

 

Aos jornalistas, Macedo confirmou que mantém o objectivo de, até 2020, reduzir mais de 2.000 pessoas no banco, conforme já estava previsto pelo antecessor. "O que iremos fazer é, sobretudo, cumprir com o que está estabelecido em termos de objectivos. O principal objectivo é a solidez da Caixa", voltou a frisar nas declarações.

 

Nas palavras do novo CEO, os planos pela frente da instituição financeira são robustos, e acredita que não há razões para atrasos. "Vamos trabalhar nesse cenário" que estava em curso, afirmou. Para Março, está prevista a injecção dos 2,7 mil milhões de euros públicos, que acontecerá em paralelo com a ida aos mercados para captar 500 milhões de euros em obrigações. Esta parte da intervenção dos privados no plano de capitalização é considerada "bastante exigente" por Macedo. "É um bom plano para a Caixa", classificou.

 
Lucros da "actividade normal" em 2017

Em termos de resultados, 2017 poderá ser o regresso aos lucros mas apenas da "actividade normal". Mas isto separando os resultados da sua actividade entre as operações "normais" e efeitos extraordinários. Sem estes efeitos, Paulo Macedo acredita que haverá resultados positivos. Com os efeitos, nem por isso. 

 

Manter a força no crédito à habitação, continuar a apostar nos universitários e ter um "papel decisivo nas empresas" são os grandes objectivos da gestão de Macedo, "a par do reforço da sua solidez, da reestruturação em termos de política de risco e de crédito, que permita à Caixa avançar de forma sólida e rentável".

 

Nas respostas aos jornalistas, após a visita ao balcão das Amoreiras, em que conversou com os trabalhadores e com clientes, Paulo Macedo defendeu que "os clientes não deixaram a Caixa". "A evolução dos depósitos está estável ou crescente".

 

"A Caixa mantém a sua liderança e, com certeza, quererá consolidá-la no futuro", concluiu.

 

(Notícia actualizada com mais informações às 12:55)

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