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Macedo não está preocupado com período de nojo de ex-director do Banco de Portugal
O presidente da CGD confirma que convidou Carlos Albuquerque para a gestão. Além das autorizações, terá de haver um período de nojo. Para Paulo Macedo, não há um problema.
Paulo Macedo diz que não está preocupado com o período de nojo que será imposto a Carlos Albuquerque, o ex-director de supervisão do Banco de Portugal, que o presidente da Caixa convidou para a gestão do banco público.
"Confirmo que há um convite e que terá de ser sujeito a todos os procedimentos, de ‘cooling-off’ [período de nojo] e quer de aprovações", afirmou o agora presidente executivo do banco público num encontro com jornalistas, após uma visita ao balcão das Amoreiras, em Lisboa. A questão referia-se a Carlos Albuquerque, que abandonou a direcção do departamento de supervisão prudencial do regulador da banca. "Até tudo estar feito, nada acontece".
A ida para a Caixa não é directa, já que, primeiro, o Mecanismo Único de Supervisão terá de definir um período de nojo. O documento de ética deste mecanismo, que junta o Banco Central Europeu e os reguladores nacionais, prevê um período mínimo de seis meses. Questionado sobre se está preparado para esperar, Macedo admitiu que sim.
"É o que está previsto. Mas trabalhamos por um horizonte de quatro anos. A nossa visão da gestão é claramente estrutural, não é uma visão para um mês ou dois", assume Paulo Macedo.
A equipa do ex-ministro da Saúde entrou em funções a 1 de Fevereiro, mas ainda não está completa. Francisco Cary, José João Guilherme, José Brito, João Tudela Martins e Nuno Martins compõem a comissão executiva, a que se juntará Maria João Carioca a 6 de Março. Carlos Albuquerque, no mínimo, entrará em Agosto.
Os membros não executivos do conselho de administração ainda não entraram nos cargos a não ser Rui Vilar que transitou da anterior equipa e é agora presidente não-executivo.