Notícia
Paulo Macedo: "Tentaremos não chegar aos tribunais" no diferendo com os trabalhadores
O presidente da Caixa diz querer evitar o recurso a tribunal. Em causa está a diferença de interpretações sobre contabilizações que terão impacto nas progressões de carreira e reposição de ajudas de custo.
Paulo Macedo espera não ter de ir a tribunal por causa das diferenças como a Caixa e os sindicatos interpretam a saída do banco dos limites do OE. A administração está "à espera de um último parecer" para assumir uma posição final sobre este tema.
"Tentaremos não chegar a essa via", garantiu Paulo Macedo quando questionado sobre a possibilidade de os sindicatos bancários recorrerem a tribunal para reivindicarem a contabilização dos anos de 2013 a 2016 para efeito das progressões de carreira e da reposição das ajudas de custo.
"A Caixa está a agir de acordo com os pareceres que tem", começou por dizer o presidente da instituição. O banco "está à espera de mais um parecer" e espera "consubstanciar a sua posição neste parecer", adiantou Macedo.
O banqueiro reconhece que a forma como interpreta o facto de o Orçamento do Estado deste ano ter isentado a Caixa dos limites aos salários e as progressões de carreira é "diferente" das do Sindicato dos Trabalhadores das Empresas do Grupo CGD. (STEC). Mas acredita que "a Caixa está a cumprir" a lei.
No caso de o novo parecer vir a confirmar a posição da CGD, Macedo garante que a via escolhida "será a de esgrimir os argumentos, ouvir os sindicatos e negociar". O objectivo do presidente é evitar ter que ir à tribunal, cenário que o STEC não exclui.
O Sindicato dos Trabalhadores da CGD acusa a Caixa de estar a "apagar" quatro anos da vida dos quadros da CGD por não considerar os exercícios de 2024 a 2016 para efeitos das progressões automáticas, reintroduzidas pelo OE deste ano.