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Passos estima recapitalização da Caixa na ordem dos 2.500 milhões

O líder do PSD criticou, em entrevista à TSF/JN, as afirmações de Mário Centeno sobre um alegado desvio de 3.000 milhões de euros nas contas da CGD. E diz que as necessidades de recapitalização são inferiores a metade dos "mais de 5.000 milhões" estimados.

16 de Julho de 2016 às 12:08
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O antigo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho criticou as declarações do ministro das Finanças Mário Centeno pelas afirmações feitas em relação à dimensão do alegado "buraco" nas contas da Caixa Geral de Depósitos, garantindo que não há "buraco" de 3.000 milhões e que as necessidades financeiras são menos de metade que os 5.000 milhões que têm vindo a público.

"Em vez de desmentir as necessidades que têm sido noticiadas - mais de cinco mil milhões, que não são verdadeiras e será menos de metade -, está a lançar uma suspeita sobre a CGD e sobre o resto dos bancos portugueses. E isso vai estourar-lhe nas mãos. (…) Não existe um buraco na CGD, não é sério", refutou em entrevista à TSF/JN, transmitida este sábado, 16 de Julho, por aquela estação de rádio.

Questionado sobre o atraso da CGD em devolver o empréstimo do Estado, o líder do PSD afirmou ainda que a instituição foi alertando ao longo do tempo que o seu modelo de negócio dificultava essa resolução. Mas que, como tem até meados de 2017 para devolver o capital emprestado pelo Estado sob a forma de "Cocos", "não está em incumprimento".

"Com esta abordagem de dar a entender que receberam um país em circunstâncias horríveis, para andarem a denegrir o que fez o Governo anterior, estão a semear condições para tornar o sistema financeiro ainda mais vulnerável. E isso pode ter consequências desastrosas", afirmou.

O governante diz ainda que o mundo financeiro está à espera de ver o que sucede com os bancos italianos e que, se houver um contágio a Portugal, o país não tem a disponibilidade de Itália para injectar dinheiro público e terá "que pedir dinheiro para meter nos bancos". Questionado sobre o risco de um segundo resgate, Passos afirmou que "há riscos muito sérios que se estão a correr com estas políticas."

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