Notícia
Passos diz que Portugal pode não cumprir metas do défice
O líder da oposição diz que as receitas de IVA estão "muito aquém" do previsto e que se não houver um salto na economia nem medidas tomadas antes, em Outubro ou Novembro já vai ser tarde para corrigir a trajectória.
Negócios
16 de Julho de 2016 às 20:15
O presidente do PSD afirmou este sábado, 16 de Julho, que os dados sobre a economia portuguesa que vão sendo conhecidos apontam para que os resultados prometidos pelo Governo socialista "não vão acontecer" e Portugal não vai conseguir cumprir a meta do défice.
Pedro Passos Coelho, que hoje visitou o Festival Gastronómico do Maranho, na Sertã (distrito de Castelo Branco), afirmou que as receitas do IVA relativas aos primeiros meses do ano "estão muito aquém daquilo que o Governo previu".
"Se este caminho se mantiver, e aparentemente os dados que vão sendo revelados apontam para que a economia não dê um salto de crescimento nos próximos meses, o que vai acontecer é que os resultados que estão prometidos não vão acontecer e não vamos cumprir a nossa meta", afirmou, advertindo que "não há muito tempo depois para reagir".
"Tomar medidas em Outubro ou Novembro já não vai resolver problema nenhum. Nessa altura já é tarde demais. Se o Governo insiste que não é preciso tomar medidas nenhumas tem de ser muito convincente e mostrar em que dados se baseia para dizer que vai cumprir as suas metas e porque é que esses dados não estão de acordo com todos os outros que vêm sendo revelados", declarou.
Passos Coelho disse recear que o Governo esteja "rapidamente a conduzir o país para uma situação que é de desastre económico e financeiro", não reconhecendo a situação "porque não lhe convém" e não esteja "a tomar medidas e a reverter o caminho que está a seguir".
Para o líder social-democrata, é "muito importante" o Governo transmitir confiança aos portugueses e às instituições europeias, o que no seu entender não tem acontecido, pela forma como o executivo liderado por António Costa tem tratado as questões das sanções e dos bancos, nomeadamente em relação à Caixa Geral de Depósitos.
Passos afirmou que, apesar de a execução do orçamento revelar "aparentemente que as coisas estão bem", na prática "há muita despesa que está a ser adiada, houve medidas que foram tomadas e que nos próximos meses vão gerar mais despesa ainda" e a economia está a abrandar.
O presidente do PSD reafirmou a convicção de que "se o Governo não está à procura de um pretexto para fazer eleições, pelo menos parece", pois os governos quando "se aproximam de eleições têm uma tendência para exacerbar demagogicamente condições que são muitas vezes artificiais, arranjam inimigos comuns".
"Eu não fiz isso quando estive no Governo, pelo contrário, apesar das eleições até consegui que a despesa pública fosse menor que no ano anterior, procurei fazer o contrário, mas o que assistimos atualmente é o que é típico dos quadros socialistas de preparação de eleições", disse, afirmando esperar que o PS "cumpra a obrigação moral que tem para com os portugueses", perante os quais assumiu o compromisso de uma "maioria estável, coesa e duradoura para poder governar".
Para Passos Coelho, "no curto prazo não tem que haver eleições, tem que haver responsabilização e responsabilidade", o que no seu entender o Governo não tem mostrado nos quase oito meses que leva de governação.
Pedro Passos Coelho, que hoje visitou o Festival Gastronómico do Maranho, na Sertã (distrito de Castelo Branco), afirmou que as receitas do IVA relativas aos primeiros meses do ano "estão muito aquém daquilo que o Governo previu".
"Tomar medidas em Outubro ou Novembro já não vai resolver problema nenhum. Nessa altura já é tarde demais. Se o Governo insiste que não é preciso tomar medidas nenhumas tem de ser muito convincente e mostrar em que dados se baseia para dizer que vai cumprir as suas metas e porque é que esses dados não estão de acordo com todos os outros que vêm sendo revelados", declarou.
Passos Coelho disse recear que o Governo esteja "rapidamente a conduzir o país para uma situação que é de desastre económico e financeiro", não reconhecendo a situação "porque não lhe convém" e não esteja "a tomar medidas e a reverter o caminho que está a seguir".
Para o líder social-democrata, é "muito importante" o Governo transmitir confiança aos portugueses e às instituições europeias, o que no seu entender não tem acontecido, pela forma como o executivo liderado por António Costa tem tratado as questões das sanções e dos bancos, nomeadamente em relação à Caixa Geral de Depósitos.
Passos afirmou que, apesar de a execução do orçamento revelar "aparentemente que as coisas estão bem", na prática "há muita despesa que está a ser adiada, houve medidas que foram tomadas e que nos próximos meses vão gerar mais despesa ainda" e a economia está a abrandar.
O presidente do PSD reafirmou a convicção de que "se o Governo não está à procura de um pretexto para fazer eleições, pelo menos parece", pois os governos quando "se aproximam de eleições têm uma tendência para exacerbar demagogicamente condições que são muitas vezes artificiais, arranjam inimigos comuns".
"Eu não fiz isso quando estive no Governo, pelo contrário, apesar das eleições até consegui que a despesa pública fosse menor que no ano anterior, procurei fazer o contrário, mas o que assistimos atualmente é o que é típico dos quadros socialistas de preparação de eleições", disse, afirmando esperar que o PS "cumpra a obrigação moral que tem para com os portugueses", perante os quais assumiu o compromisso de uma "maioria estável, coesa e duradoura para poder governar".
Para Passos Coelho, "no curto prazo não tem que haver eleições, tem que haver responsabilização e responsabilidade", o que no seu entender o Governo não tem mostrado nos quase oito meses que leva de governação.