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Oliveira e Costa mostra-se disposto a depor em tribunal

O advogado do ex-presidente do BPN afirmou, a uma oficial de justiça, estar indignado com as insinuações de que o seu cliente teria fugido.

Miguel Baltazar/Negócios
Negócios 27 de Setembro de 2013 às 16:40
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O "Público" garante que o fundador e antigo presidente do BPN, José Oliveira e Costa, contactou, esta sexta-feira, a 7ª Vara Criminal de Lisboa para se disponibilizar a depor no julgamento, em decurso, do processo Homeland, no qual Duarte Lima é arguido.

 

O Público cita uma oficial de justiça que adiantou que “o próprio Oliveira e Costa contactou o tribunal e deixou o seu contacto de telemóvel, tendo-se mostrado disponível para comparecer em tribunal quando for chamado”.

 

Esta oficial de justiça adianta que as duas tentativas falhadas de notificar Oliveira e Costa se justificam pelo facto destas terem sido realizadas durante as férias judiciais. “A carta seguiu em meados de Julho e a PSP deslocou-se uma única vez a casa do senhor no início de Agosto”, acrescentou.

 

O advogado do antigo banqueiro, Leonel Gaspar, contactou a oficial de justiça esta sexta-feira tendo demonstrado indignação com as insinuações relativas à hipotética fuga do seu cliente. “O advogado disse-me que o cliente continua a viver na mesma morada e que hoje até vai participar numa escritura pública”, elucidou.

 

Nas últimas horas alguns órgãos de comunicação social noticiaram que Oliveira e Costa se encontrava desaparecido e que a própria PSP não o conseguira localizar. Esta situação teria sido conhecida quando, em 17 de Setembro, o colectivo de juízes, encarregue de julgar o caso Homeland, fora informado que o Tribunal não tinha conseguido notificar para depoimento o fundador do BPN.

 

Oliveira e Costa é simultaneamente testemunha de defesa e acusação no processo Homeland. Este processo está relacionado com a aquisição de terrenos em Oeiras, com financiamento na ordem dos 50 milhões de euros, por parte do BPN. Duarte Lima é acusado de ter conseguido, junto do BPN, créditos de vários milhões de euros contra garantias bancárias de baixo valor. O crédito nunca foi pago.

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