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Oitante vai ao Parlamento, às Finanças e ao Totta
O grupo parlamentar social-democrata pretende ter acesso aos contratos de prestação de serviços entre a Oitante e o Santander Totta, existente desde a resolução do Banif. São várias as reuniões esta semana.
Atacado pela oposição pela condução do processo de venda do Banif, o Partido Social Democrata puxa o tema do inquérito parlamentar para a resolução e os seus efeitos. Um dos passos é o pedido de inquirição aos trabalhadores da Oitante.
Na audição desta quarta-feira, 13 de Abril, Carlos Abreu Amorim anunciou que pretende chamar a comissão de trabalhadores do veículo que ficou com os activos do Banif que o Santander Totta.
São mais de 400 os funcionários os que trabalham na Oitante desde 21 de Dezembro de 2015 (um dia depois da resolução). Os balcões do Banif foram transferidos para o Santander Totta, que não quis ficar com os serviços centrais (excepto os serviços centrais de Açores e Madeira, que foram para o comprador).
Na Oitante, os funcionários estão a trabalhar com activos imobiliários, com a recuperação de crédito malparado mas também, e sobretudo, com a prestação de serviços ao Totta, como em termos informáticos.
Daí que o PSD também avance com os pedidos para ter acesso aos contratos de prestação de serviço entre a Oitante e o banco, em que este paga pelos serviços.
Contudo, o contrato de prestação de serviços só deverá manter-se até ao Verão, pelo que os funcionários que estão a assegurar esta ligação entre a Oitante e o Totta vão ficar sem trabalho. Da mesma forma, os imóveis e o malparado vão sendo ou vendidos ou liquidados. E o trabalho vai acabar. Razão pela qual a comissão de trabalhadores pede que os funcionários sejam integrados no sector empresarial do Estado, por exemplo, a Caixa Geral de Depósitos ou o próprio Banco de Portugal.
Reunião com secretário de Estado
Essa é uma defesa que a comissão de trabalhadores vai fazer esta quinta-feira quando se reunir com o secretário de Estado Adjunto Ricardo Mourinho Félix. A reunião é esta quinta-feira, pelas 11:30.
Um dia depois, a agenda da comissão de trabalhadores leva-a ao Santander Totta (que ficou com os contratos de 1.100 funcionários do Banif mas rejeitou 500 – que agora estão já na casa dos 400 porque entretanto houve saída de trabalhadores). O órgão representativo dos funcionários vai ter uma reunião com António Vieira Monteiro.
A diferença de tratamento entre estes funcionários já foi referida numa queixa da comissão ao Provedor de Justiça e também numa comunicação ao Presidente da República.