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O fim da era Tomás Correia, como deixa a Mutualista e o sucessor

António Tomás Correia abandona hoje o cargo de presidente da Associação Mutualista Montepio Geral ao fim de mais de uma década, sendo substituído por Virgílio Lima. O Negócios publicou ao longo da última semana um conjunto de trabalhos sobre a associação mutualista, o banco Montepio, a ascensão e queda de Tomás Correia e o seu sucessor.

Inês Gomes Lourenço
15 de Dezembro de 2019 às 12:25
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São 11 anos de presidência da Associação Mutualista Montepio Geral  (AMMG) que chegam hoje ao fim. O "reinado" de Tomás Correia foi marcado pela polémica, que nos últimos anos se intensificou perante os processos juciais e do regulador, as dificuldades financeiras da mutualista, critícas à gestão e dúvidas sobre a sua idoneidade que acabaram por ditar o seu afastamento. Acabou forçado a sair pelo seu pé.

Ao longo da semana que passou o Negócios publicou uma série de textos sobre a AMMG, o banco Montepio, Tomás Correia e o seu sucessor.
 

Tomás Correia: Processos na justiça, uma condenação e um quase "chumbo" da idoneidade

O Montepio tem estado debaixo dos holofotes mediáticos pelos processos judiciais e condenação do Banco de Portugal (BdP) em que esteve envolvido Tomás Correia ao longo do seu mandato. O presidente da Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG) sai, depois de o regulador dos seguros ter sinalizado que se preparava para "chumbar" a sua idoneidade.

De "ratinho da lezíria", Tomás Correia chegou ao topo da Mutualista

O gestor de 74 anos esteve mais de uma década à frente da Associação Mutualista Montepio Geral. Tomás Correia, um "ratinho" do campo, resistiu a (quase) todas as polémicas com a determinação que lhe é apontada, mesmo por quem o critica.

Qual é o futuro de Tomás Correia dentro da Mutualista?

António Tomás Correia vai abandonar a liderança da Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG), depois de mais de uma década no cargo. Poderá, no entanto, continuar à frente da Fundação Montepio, mantendo-se ligado ao grupo onde está há 16 anos.

Créditos fiscais ajudam Mutualista, mas não travam fuga de associados

O mandato de Tomás Correia ficou marcado por prejuízos e uma quebra nos capitais próprios, mas também por créditos fiscais que ajudaram as contas nos últimos anos.

Mutualista aproxima valor do Montepio ao do BCP

A Associação Mutualista Montepio Geral atribui uma valorização de mais de dois mil milhões de euros ao Montepio nas suas contas. Um valor que já levou a auditora KPMG a deixar alertas e que se aproxima, apesar de não serem instituições comparáveis, dos quase três mil milhões que o BCP – o segundo maior banco do sistema – vale em bolsa.

Legado de Tomás Correia ainda trava recuperação do Montepio

O Banco Montepio está de regresso aos lucros. O resultado duplicou para 12 milhões de euros no final de 2018, mas as imparidades e provisões, que pesaram sobretudo quando Tomás Correia esteve à frente do banco, ainda estão perto dos 100 milhões.

Liderança do banco Montepio por definir

Tomás Correia teve nas suas mãos, durante quase uma década, a liderança da Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG) e do banco Montepio. Depois foi obrigado a abandonar a presidência da instituição financeira, um papel que passou a ser desempenhado por Félix Morgado. Porém, ainda antes de terminar o mandato, no final de 2017, este gestor resolveu sair. Desde então a liderança do banco está por definir. E Tomás Correia está a pressionar para que esta fique resolvida antes da sua saída, mas o Banco de Portugal (BdP) já só deverá tomar uma decisão no próximo ano.

Virgílio Lima, a esperança na tranquilidade depois da tempestade

Pode não ser uma cara conhecida do público, mas conhece bem "os cantos à casa". Virgílio Lima, o homem escolhido para suceder a Tomás Correia na presidência da Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG), a partir do próximo domingo, está no grupo Montepio há mais de uma década. Quem o conhece garante que trará a "tranquilidade" de que associação mutualista precisa, depois de um período que tem sido marcado por grande contestação em torno do presidente agora de saída. E que tem "todas as condições" para desempenhar o papel de líder da associação, desde que tenha autonomia para o fazer.

 

Oposição na mutualista pede eleições antecipadas

Tomás Correia está de saída da liderança da Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG), mas não quis fazê-lo sem antes garantir a alteração dos estatutos, para que estejam em linha com o novo Código das Associações Mutualistas (CAM). Embora a proposta já tenha sido aprovada pelos associados, não contou com o apoio de todos. A oposição a Tomás Correia já pediu ao Governo que os estatutos não sejam registados e exige eleições antecipadas para todos os órgãos da mutualista.



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