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Nuno Amado: Impor limites às comissões bancárias vai “favorecer” bancos estrangeiros

Em entrevista esta sexta-feira ao Jornal Económico, o chairman do BCP defende que as restrições que o Parlamento tem em preparação não se justificam, na medida em que o mercado nacional é competitivo.

# Porque Sobe - Conseguiu negociar um equilíbrio entre Fosun e Sonangol no BCP, mas, nesse trajecto, acabou por deixar de ser o presidente executivo, passando a ser o presidente não executivo. Mudança que só recentemente aconteceu, e que o manterá preso ao futuro do banco privado, agora com ambições de ganhar peso internacional. Deixa a Miguel Maya tarefas difíceis, que vai fiscalizar, como a de compensar os trabalhadores pelos cortes salariais ou a de pagar dividendos aos accionistas.
Tiago Sousa Dias
06 de Março de 2020 às 09:34
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As restrições que o Parlamento está a preparar para a banca em matéria de valores a aplicar às comissões colocarão "em desvantagem os bancos que atuam no mercado português, cujo modelo de negócio se torna muito mais complicado", avisa Nuno Amado, chairman do Millennium BCP, em entrevista esta sexta-feira ao Jornal Económico.

 

Na prática, acrescenta, "ao tomar estas decisões estamos a correr o risco de os bancos baseados em Portugal terem menos futuro que os bancos baseados noutros locais e geografias dentro da Europa. E, portanto, a longo prazo, em vez de estarmos a criar riqueza, concorrência, competitividade e empresas mais fortes em Portugal, não o estamos a fazer".

 

O banqueiro sublinha que "a concorrência no setor bancário é muito forte" e que "cada prestação de serviços tem o seu valor justo, umas vezes com um valor que pode parecer alto porque as pessoas não se apercebem dos riscos e do trabalho que está por trás".

Da esquerda à direita, os vário partidos apresentaram no Parlamento propostas no sentido de travar estas taxas, nomeadamente no MB Way. A expectativa é que, debatidos em comissão, na especialidade, os vários projetos venham a dar origem a um texto comum.  

Veja aqui o que cada um defende

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