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Novo Banco quer cortar crédito malparado para metade

Byron Haynes disse em entrevista à Reuters que o interesse na carteira de crédito e de imobiliário que o Novo Banco tem à venda "tem sido muito alto".

Byron Haynes e António Ramalho lideram o Novo Banco Miguel Baltazar
15 de Julho de 2019 às 16:07
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O Novo Banco tem como meta reduzir o rácio do crédito malparado ("non performing loans") para 10%, em linha com a média da banca nacional, disse o presidente do Conselho de Administração da instituição, Byron Haynes, em entrevista à Reuters.

 

O objetivo passa por atingir esta meta já este ano, ou em 2020, sendo que o corte do rácio para 10% representará uma descida para menos de metade face ao nível atual.

 

Desde o final de 2017, o Novo Banco reduziu o crédito malparado em 3.700 milhões de euros. Em março situava-se em 6.500 milhões de euros, o que representa 21,8% do crédito total concedido.

 

"É claro que temos de alcançar esse objetivo no futuro próximo. Se será um evento de 2019 ou 2020, vamos ver", disse Haynes à Reuters, afirmando que tal vai depender "das condições do mercado".

 

O gestor afirmou que o Novo Banco tem de continuar a baixar o nível de risco a um "ritmo mais amplo, porque temos de continuar a aproveitar as boas condições de mercado que existem neste momento".

 

O Novo Banco está atualmente em processo de venda de uma carteira de crédito malparado com um valor contabilístico superior a 3.000 milhões de euros e uma carteira de imóveis com um valor contabilístico bruto de 400 a 500 milhões de euros.

 

"Estamos no mercado com essas duas transações. O nível de interesse tem sido muito alto. O progresso é bom e esperamos que essas transações se concretizem num futuro próximo", afirmou.

O Negócios noticiou a semana passada que a venda da carteira de imóveis está prestes a ser fechada com o fundo Cerberus. A venda da carteira de crédito também está em fase final.

 

Na mesma entrevista à Reuters, o chairman do Novo Banco revelou que "a Lone Star e o Fundo de Resolução suportam totalmente" a estratégia de a instituição financeira continuar autónoma, sem integrar um movimento de consolidação no mercado português.

 

"Todo o nosso foco agora é executar essa estratégia autónoma, investindo no nosso negócio recorrente, construindo, desenvolvendo as nossas franquias de PMEs, bem como de retalho e pequenos negócios", afirmou Byron Haynes, acrescentando que "o sistema financeiro português já está bastante concentrado em relação a outras jurisdições".

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