Notícia
Novo Banco fica com 10% do Moza Banco com entrada da Kuhanha
Com o novo accionista - gestor do fundo de pensões do Banco de Moçambique, que fica com 80% da instituição -, o português Novo Banco, que detinha 49%, e a Moçambique Capitais, que tinha 50,9%, passam a ter, cada um, 10%.
31 de Maio de 2017 às 19:07
O Banco de Moçambique (BM) anunciou hoje a escolha da sociedade Kuhanha para a recapitalização do Moza Banco, num processo em que serão injectados 8,170 milhões de meticais (mais de 120 milhões de euros) na instituição bancária.
"A Kuhanha fica, assim, com uma participação de volta de 80% no Moza Banco", disse o administrador do BM Alberto Bila, durante uma conferência de imprensa em Maputo.
A Kuhanha é a sociedade gestora do fundo de pensões do BM e, segundo Alberto Bila, durante a sua constituição, foi também definido o objectivo de investir no mercado financeiro.
"A sociedade tem dinheiro sim", sublinhou o administrador, acrescentando que o processo de selecção, que contou com a concorrência de "três grupos de peso", foi transparente.
A selecção desta sociedade foi dirigida por uma Comissão de Avaliação composta por um representante do BM, por um membro do International Financial Corporation (Banco Mundial) e pelo presidente do Conselho de Administração Provisório do Moza Banco, João Figueiredo, que vai ser presidente da Comissão Executiva.
A sociedade escolhida é presidida pelo governador do BM, Rogério Zandamela, e o seu corpo é composto pelo conjunto de administradores que representam os trabalhadores numa situação de reforma do banco central.
Com o novo accionista, o português Novo Banco, que detinha 49%, e a Moçambique Capitais, que tinha 50,9%, passam a ter, cada um, 10%.
"Este passa a ser um banco idêntico a todos que estão a operar na praça", acrescentou o administrador.
Por sua vez, João Figueiredo disse que o banco estava numa situação "caótica" quando ele chegou, considerando que o facto de a solução para o Moza Banco ter sido interna é um "bom indicador".
"Os nossos accionistas podem ter a certeza de que aquele plano de negócios apresentado vai trazer mais-valias", declarou João Figueiredo, acrescentando que "o que o banco precisa é de uma gestão prudente".
O Moza Banco recebeu uma injecção de oito mil milhões de meticais (104 milhões de euros), por parte do banco central, na sequência da suspensão, em Setembro de 2016, do conselho de administração e da comissão executiva da instituição.
Na altura, o BM disse que a suspensão tinha como objectivo "proteger os interesses dos depositantes", tendo, no entanto, gerado pânico na banca sobre a robustez do sistema financeiro moçambicano, um problema que foi agravado pelo anúncio da dissolução do Nosso Banco, quase no mesmo período.
Segundo dados do regulador, no final de 2016, o Moza era o quarto maior banco de Moçambique com mais de 93 mil clientes particulares, oito mil empresas e uma quota de 7,71% do mercado, com 48 agências em praticamente todo o país.
"A Kuhanha fica, assim, com uma participação de volta de 80% no Moza Banco", disse o administrador do BM Alberto Bila, durante uma conferência de imprensa em Maputo.
"A sociedade tem dinheiro sim", sublinhou o administrador, acrescentando que o processo de selecção, que contou com a concorrência de "três grupos de peso", foi transparente.
A selecção desta sociedade foi dirigida por uma Comissão de Avaliação composta por um representante do BM, por um membro do International Financial Corporation (Banco Mundial) e pelo presidente do Conselho de Administração Provisório do Moza Banco, João Figueiredo, que vai ser presidente da Comissão Executiva.
A sociedade escolhida é presidida pelo governador do BM, Rogério Zandamela, e o seu corpo é composto pelo conjunto de administradores que representam os trabalhadores numa situação de reforma do banco central.
Com o novo accionista, o português Novo Banco, que detinha 49%, e a Moçambique Capitais, que tinha 50,9%, passam a ter, cada um, 10%.
"Este passa a ser um banco idêntico a todos que estão a operar na praça", acrescentou o administrador.
Por sua vez, João Figueiredo disse que o banco estava numa situação "caótica" quando ele chegou, considerando que o facto de a solução para o Moza Banco ter sido interna é um "bom indicador".
"Os nossos accionistas podem ter a certeza de que aquele plano de negócios apresentado vai trazer mais-valias", declarou João Figueiredo, acrescentando que "o que o banco precisa é de uma gestão prudente".
O Moza Banco recebeu uma injecção de oito mil milhões de meticais (104 milhões de euros), por parte do banco central, na sequência da suspensão, em Setembro de 2016, do conselho de administração e da comissão executiva da instituição.
Na altura, o BM disse que a suspensão tinha como objectivo "proteger os interesses dos depositantes", tendo, no entanto, gerado pânico na banca sobre a robustez do sistema financeiro moçambicano, um problema que foi agravado pelo anúncio da dissolução do Nosso Banco, quase no mesmo período.
Segundo dados do regulador, no final de 2016, o Moza era o quarto maior banco de Moçambique com mais de 93 mil clientes particulares, oito mil empresas e uma quota de 7,71% do mercado, com 48 agências em praticamente todo o país.