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Mudança de marca do Montepio na mão da gestão e da mutualista

Carlos Costa recusa ser o responsável por decidir a alteração da marca da Caixa Económica Montepio Geral. O governador coloca a última palavra na gestão e nos seus accionistas.

Miguel Baltazar/Negócios
14 de Fevereiro de 2018 às 10:20
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O Montepio pode mudar de marca. Contudo, o Banco de Portugal recusa ter qualquer papel de decisão nesse tema. A última palavra será da caixa económica e da associação mutualista e eventuais futuros accionistas, como a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. 

 

"Cumpre esclarecer que o Banco de Portugal não determinou a criação de uma nova marca", afirmou o governador esta quarta-feira, 14 de Fevereiro. A audição de Carlos Costa foi convocada pelo CDS-PP para explicar "os contornos que envolvem a hipótese da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa entrar no capital da Caixa Económica Montepio Geral, SA", uma iniciativa conjunta entre duas comissões parlamentares: comissão de Trabalho e Segurança Social e a Comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa.

 

Segundo declarou perante os deputados, "tal decisão depende exclusivamente da vontade da CEMG e do(s) seu(s) accionista(s), os quais poderão tomar essa opção se entenderem que a mesma é essencial para dar resposta às preocupações prudenciais manifestadas pelo Banco de Portugal". 

 

Ou seja, o Banco de Portugal expressou as preocupações, sendo que uma das respostas é essa criação da marca. Só que o supervisor argumenta que não será dele a última palavra. 

 

Uma das preocupações já assumidas pelo governador é a possível confusão entre os produtos bancários da caixa económica (como depósitos) e os produtos mutualistas. Daí que tenha obrigado, por exemplo, à existência de balcões exclusivamente mutualistas dentro das agências bancárias.

 

Está em curso um plano de acção, solicitado pelo Banco de Portugal, para uma distinção ainda mais profunda entre as duas entidades, incluindo uma política de prevenção de conflitos de interesse.

 

A gestão do Montepio vai sofrer uma alteração: José Félix Morgado vai deixar de ser presidente executivo da caixa económica, até porque a associação liderada por António Tomás Correia já indicou que quer substituí-lo por Nuno Mota Pinto.

 

Também o capital da caixa económica poderá sofrer modificações em breve: a mutualista negoceia a alienação de uma parte minoritária à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. Um negócio sobre o qual Carlos Costa retirou responsabilidades, dizendo que não induziu à sua realização.

 

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