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Moody’s ameaça "rating" do Novo Banco devido a "grandes desafios" pós testes de stress

As necessidades de capital, detectadas no teste de stress, levaram a Moody’s a ameaçar um corte da classificação de risco do banco. A decisão final será tomada depois de analisados os planos a apresentar pela instituição.

Bloomberg
18 de Novembro de 2015 às 16:16
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A Moody’s ameaça cortar a classificação de risco da dívida do Novo Banco. Uma decisão que a agência de notação financeira atribui directamente às necessidades de capital de 1,4 mil milhões de euros reveladas pelos testes de stress do Banco Central Europeu.

 

"A Moody’s considera que o Novo Banco enfrenta graves desafios para colmatar as necessidades através de fontes internas, dado seu perfil de crédito próprio [standalone] muito fraco", indica a nota de imprensa emitida esta quarta-feira, 18 de Novembro.

 

A agência não acredita que a reestruturação anunciada pelo banco seja suficiente para preencher os 1,4 mil milhões de euros de capital necessário para que os rácios mínimos sejam cumpridos e que precisará de dinheiro de investidores externos. O Banco de Portugal aposta em investidores privados para conseguir suprimir as necessidades reveladas.

 

Contudo, tendo em conta que o banco é uma entidade de transição, a Moody’s considera que "qualquer injecção externa deverá ficar dependente da conclusão do processo de venda". O primeiro concurso foi cancelado em Setembro mas o regulador e o Fundo de Resolução da banca já anunciaram que o processo foi retomado.

 

Assim, o "rating" da dívida de longo prazo (a notação de referência) poderá descer do actual grau de "B2", um dos vários níveis em que a agência não aconselha investimento.  

 

A conclusão sobre esta revisão – isto é, se haverá alguma alteração ao "rating" – será tomada nas próximas semanas, anuncia a Moody’s, remetendo para quando forem apresentados os planos de capitalização e de reestruturação que estão a ser preparados.

 

A fraca rentabilidade e a "ausência de acesso ao mercado de financiamento" são os motivos para que a actual classificação de risco do banco esteja num nível de "lixo".

 

 

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