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Montepio reduziu prejuízos “sem ganhos extraordinários”

O banco do Montepio teve prejuízos de 86,5 milhões no ano passado, uma recuperação face às perdas de 2015. O corte de custos e a redução das imparidades beneficiaram os resultados. Félix Morgado garante que a recuperação aconteceu "sem ganhos extraordinários".

29 de Março de 2017 às 16:47
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A Caixa Económica Montepio Geral (CEMG) registou prejuízos de 86,5 milhões de euros no ano passado, o que representa uma recuperação face às perdas de 243,4 milhões apuradas em 2015. Uma recuperação que o presidente da instituição atribui "aos resultados positivos" do plano estratégico. Em declarações ao Negócios, José Félix Morgado sustenta que a redução dos prejuízos foi alcançada "sem ganhos extraordinários".

 

De acordo com os números divulgados esta quarta-feira, 29 de Março, a recuperação dos resultados deveu-se, sobretudo, à redução dos custos operacionais e ao menor esforço na contabilização de imparidades para crédito e para outros activos. Estas poupanças mais do que compensaram a redução do produto bancário, que se deveu, sobretudo, ao facto de as contas de 2015 incluírem ganhos de 85,2 milhões com a venda de dívida pública.

 

No ano passado, o produto bancário da caixa económica caiu 12,4%, para 353 milhões, apesar de a margem financeira ter subido 29,2%, para 253, 2 milhões, "beneficiando da diminuição do custo dos depósitos de clientes, dos menores custos com a dívida emitida e da política de ‘repricing’ da carteira de crédito", justifica a instituição em comunicado. Também as comissões líquidas subiram 5,6%, totalizando 101,5 milhões.

 

A evolução do produto bancário acabou por ser penalizada pela queda de 53% dos resultados de activos financeiros disponíveis para venda, que se fixaram em 53,7 milhões e que, em 2015 incluíam ganhos de 85,2 milhões com a venda da dívida pública. Também os outros resultados de exploração contribuíram negativamente para o desempenho dos proveitos, já que geraram uma perda de 62,4 milhões em 2016, contra um ganho de 4,2 milhões no exercício anterior.

 

A recuperação dos resultados foi suportada essencialmente no corte de custos e de imparidades. Os gastos operacionais recuaram 14%, para 283,7 milhões, reflectindo as poupanças com encargos de pessoal e administrativos. Os custos com pessoal caíram 13,5%, para 165,5 milhões, considerando o impacto negativo das despesas de redução de pessoal e o efeito positivo do aumento da idade de reforma e da redução dos prémios de antiguidade.

 

Já as imparidades e provisões totais recuaram 29%, para 243,1 milhões. Só as imparidades para crédito malparado caíram 24,5%, para 182,5 milhões.

 

Em termos de actividade, os depósitos de clientes mantiveram-se quase inalterados, nos 12,46 mil milhões de euros, menos 0,6% do que no final de 2015. Já o crédito a clientes recuou 3,7%, para 15 mil milhões.

 

A solidez da Caixa Económica Montepio Geral subiu de 8,8% para 10,4%, beneficiando do aumento de capital de 270 milhões realizado com a injecção de dinheiro da parte da Associação Mutualista Montepio Geral e a redução de 8,6% dos activos ponderados pelo risco.

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