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Montepio com lucros de 20,4 milhões até Setembro
O aumento da margem financeira e das comissões ajudaram à melhoria do resultado líquido nos primeiros nove meses de 2017.
O Montepio obteve lucros de 20,4 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, anunciou a caixa económica esta quarta-feira, 24 de Outubro, em comunicado à CMVM.
Nos primeiros nove meses de 2016, a instituição financeira sob o comando de José Félix Morgado (na foto) apresentou 67,5 milhões de euros de prejuízos.
Na prática, está em causa a saída de prejuízos para lucros: uma melhoria de 87,9 milhões.
"É o terceiro trimestre consecutivo em que a caixa económica tem resultados positivos", ressalvou o presidente executivo diz estar em linha com o plano estratégico desenhado.
O produto bancário do Montepio disparou mais de 50% para 380 milhões de euros. Para este resultado contribuiu a margem financeira da instituição, que subiu 13% para 202,1 milhões de euros. A caixa diz que a margem "foi suportada na redução dos custos de financiamento, nomeadamente do custo dos depósitos a prazo e da dívida emitida".
As comissões líquidas também contribuíram para o produto bancário, ao avançarem 19% para 83,9 milhões de euros. A caixa liderada por Félix Morgado justifica esta evolução com o novo preçário da instituição. Os resultados de operações financeiras cresceram, igualmente.
No campo dos custos operacionais, há uma diminuição de 18% para 206,8 milhões de euros, uma descida justificada sobretudo com o corte nos gastos com pessoal.
As imparidades para crédito deslizaram de 119,6 para 106,2 milhões de euros de Janeiro a Setembro, com um recuo igualmente nas imparidades para outros activos financeiros.
Neste trajecto, o resultado antes de impostos foi de 32,3 milhões, face aos resultados negativos de 153 milhões dos primeiros nove meses de 2016.
Os resultados dos primeiros nove meses do ano passado foram reexpressos para permitir a comparação. Angola e Moçambique deram contributos positivos para as contas, Cabo Verde negativos.
Em relação ao capital, o rácio que mede o peso do capital de melhor qualidade (Common Equity Tier 1) passou de 10,4%, em Setembro do ano passado, para 13%, no mesmo mês deste ano. O aumento de capital de 250 milhões concretizado pela mutualista justifica em grande medida a evolução.
(Notícia actualizada às 18:00 com mais informação)