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Moody’s dá "nota positiva" a negócio com crédito malparado do Montepio

A Moody's acredita que o Montepio está a conseguir executar o plano estratégico, mas sublinha a importância do aumento de capital de 250 milhões. Ainda assim, a capacidade de absorver perdas levanta dúvidas.

Miguel Baltazar/Negócios
07 de Novembro de 2017 às 13:59
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A agência de classificação de risco Moody’s faz uma avaliação positiva da titularização de 581 milhões de euros em crédito malparado que o Montepio anunciou esta segunda-feira. Esta pode ser uma fórmula repetida pela caixa económica para reduzir o peso destes activos não rentáveis, considera a entidade.


"A Moody’s nota positivamente que o banco titularizou, recentemente, uma carteira de 580 milhões de euros em crédito malparado (incluindo exposições no balanço e fora do balanço), o que poderá ter um impacto positivo de cerca de 200 pontos base no rácio de malparado", assinala a agência norte-americana num comunicado datado desta terça-feira, 7 de Novembro.


Além disso, a Moody’s acredita que esta titularização (os créditos foram transferidos para um veículo, montado pelo JPMorgan, que emitiu títulos de dívida, depois adquiridos por investidores institucionais) "cria as bases para transacções semelhantes no futuro próximo, o que poderá ajudar o banco a libertar-se do seu elevado volume de exposições problemáticas". A Moody’s, a par da DBRS, classificou as obrigações emitidas pelo veículo.

 

O comentário é feito numa nota em que a entidade que classifica a qualidade do investimento em dívida reafirma os "ratings" atribuídos à caixa económica cuja liderança está a cargo de José Félix Morgado (na foto). Um deles é o de depósitos, que se encontra em "B3", considerado especulativo, como os de dívida. Contudo, a perspectiva deixou de ser "negativa" e passou a ser "em desenvolvimento".

 

Estas mudanças na classificação de risco do Montepio prendem-se com o perfil de crédito global da caixa económica, que a Moody’s considera ter registado "ligeiras melhorias" por dois motivos: a implementação do plano estratégico 2016-2018; o aumento de capital de 250 milhões de euros injectado pela Montepio Geral – Associação Mutualista que permitiu à caixa cumprir os rácios de capital exigidos.

 

"Apesar destas melhorias, a Moody’s considera que a capacidade de absorção de risco do banco continua fraca face aos ainda significativos desafios da qualidade dos seus activos", comenta a nota, assinada pela equipa liderada por Maria Vinuela.

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