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Ministro da Economia diz que Grupo Espírito Santo foi gerido "de forma peculiar"
António Pires de Lima diz que as quedas do GES e da PT foram um mesmo caso e não dois: "uma instituição gerida de forma um tanto peculiar e que arrastou a PT", aponta o ministro em entrevista ao "El País".
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O ministro da Economia, António Pires de Lima, comentou a polémica ligação entre o Grupo Espírito Santo (GES) e a Portugal Telecom (PT) reconhecendo que o GES foi gerido "de uma forma um tanto peculiar", tendo arrastado a PT nesse processo.
Em entrevista ao jornal "El País", Pires de Lima foi questionado sobre a simultaneidade da saída da troika e da queda do "império Espírito Santo" e da PT. "Podem parecer dois casos, mas é apenas um: uma instituição gerida de forma um tanto peculiar e que arrastou a PT", comentou o ministro da Economia.
"Parece-me que em Portugal há muitas empresas, muita gente que está a trabalhar para que o país recupere a sua credibilidade e que agradece que estes comportamentos não se repitam", afirmou Pires de Lima na entrevista.
"O Governo fomenta uma cultura empresarial competitiva e saudável. É importante separar o trigo do joio, e, a partir do Governo, fazer a pressão necessária para que essas instituições virem a página e comecem uma gestão que obedeça às regras do mercado", referiu ainda o governante.
Pires de Lima ressalvou que "casos como estes ocorreram em todos os países com economias de mercado, pelo que não devemos penalizarmos por duas situações particulares, ainda que obriguem o Governo a reforçar a sua acção para convencer os mercados de que este é um país em que vale a pena investir".
Sobre a venda do Novo Banco, Pires de Lima reitera que "há muitas entidades interessadas". "Será bom para a economia do país a sua venda e que tenha accionistas de referência e de longo prazo", declarou o ministro. Segundo as informações já divulgadas, o processo de venda do Novo Banco já atraiu o interesse de 17 instituições, entre as quais os bancos espanhóis Santander e Caixabank.