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Miguel Maya diz que é “fundamental” regras iguais para banca e grandes tecnológicas
Miguel Maya não lhes chama “big techs”, ou grandes empresas tecnológicas. Designa-as de “empresas-plataforma”. São empresas que tiram negócio à banca. Mas nem todas as regras que têm de respeitar são iguais. É “fundamental” a procura por essa igualdade, diz o presidente executivo do BCP. Mas, enquanto não há, é preciso agir.
"As condições de operação em mercado [das ‘big tech’], do ponto de vista concorrencial, colocam-nos muitíssimos problemas", alertou o líder do banco privado na conferência "Banca do Futuro", que se realizou esta terça-feira, 25 de Setembro, em Lisboa.
Segundo Miguel Maya, "o enquadramento regulatório está longe de ser um ‘level playing field’", ou seja, um enquadramento igual para todos os operadores. "Para nós é fundamental", alertou.
Contudo, frisou o responsável, não se pode ficar à espera desse ajustamento. "O nosso orçamento não tem nenhuma possibilidade de competir. Temos de pegar num orçamento limitado e fazer as escolhas certas", disse Maya. A "selecção" é o caminho.
Já as fintech, as empresas tecnológicas que prestam serviços financeiros, são uma oportunidade, diz o presidente do BCP, sem querer adiantar como.
Risco tecnológico é "maior preocupação" do BCP
O presidente executivo do BCP, Miguel Maya, vê no risco tecnológico a maior preocupação da instituição financeira que lidera.
"Neste momento, o risco tecnológico é a maior preocupação. E é uma das áreas em que o BCP mais está a investir", assumiu Miguel Maya.
Embora não tenha quantificado esse investimento, o presidente executivo do banco deixou o alerta: "Se não estivermos preparados, podemos ter implicações enormes".
Miguel Maya deu um exemplo: quando começou a falar na conferência, o microfone não funcionou. "Pode, de repente, estar aqui um ou dois minutos sem microfone. Mas também pode ter um ou dois dias sem sistema". E isso, adiantou o gestor, pode afectar o banco mas não só.