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Marcelo: Estabilidade do sector financeiro exige que se olhe para o futuro

O Presidente da República considerou hoje que a estabilidade do sector financeiro exige que se olhe para o futuro, defendendo que é importante completar o que foi feito no último ano para fortalecer o sistema.

Paulo Duarte/Negócios
04 de Março de 2017 às 20:36
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"Entendo que a estabilidade financeira exige que se olhe para o futuro, que se veja o que é preciso fazer ainda e completar o que foi feito no último ano, em termos de fortalecer, banco a banco, instituição a instituição, o sistema bancário português, porque sem ele não há financiamento da economia", disse Marcelo Rebelo de Sousa quando questionado pelos jornalistas à margem de um encontro de ordens profissionais de saúde em Lisboa.

 

Instado pelos jornalistas, o chefe de Estado recusou comentar se o governador do Banco de Portugal tem condições para continuar à frente do cargo, depois de um conjunto de reportagens de investigação da SIC divulgadas esta semana sobre a atuação de Carlos Costa nos anos que antecederam a resolução do Banco Espírito Santo (BES), que acabou por ocorrer em Agosto de 2014.

 

"Sobre banca sou por natureza muito determinado, defendo a estabilidade e a consolidação do sistema financeiro e, portanto, passo por cima das querelas do momento", disse Marcelo Rebelo de Sousa.

 

Questionado também sobre a transferência de cerca de 10 mil milhões de euros para ‘offshore’ (paraísos fiscais) entre 2011 e 2014 sem o tratamento inspetivo da Autoridade Tributária, o Presidente da República recusou também comentar.

 

Presidente da República defende entendimento político e social para a Saúde 

 

O Presidente da República defendeu um acordo entre os partidos políticos e os parceiros sociais para uma lei plurianual na área da saúde.

 

"Era bom para o país que não se estivesse todos os anos a discutir a cada orçamento como é a Saúde em Portugal. Os problemas da Saúde são a prazo: a demografia, as doenças crónicas, os cuidados continuados, o planeamento de novas estruturas são a prazo", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas, depois de ter discursado num encontro das Ordens Profissionais da Saúde, que decorreu hoje em Lisboa, sobre ‘o futuro do financiamento da Saúde em Portugal’.

 

Na sua intervenção, o Presidente da República defendeu que "é preciso haver um acordo básico entre partidos políticos e parceiros económicos e sociais, ou terá de se continuar a pensar legislatura a legislatura, ou mesmo só ano a ano, ou seja, orçamento a orçamento".

 

"Sabemos que muito depende da situação económica e financeira internacional e interna, em particular da situação orçamental, sabemos que vivemos incertezas e imprevisibilidades das mais complexas, sabemos que um ano eleitoral como este, e a disputa parlamentar e extraparlamentar que inevitavelmente o acompanha não tornam óbvios os entendimentos, mas vale a pena ir tentando", considerou.

 

Em causa está a defesa, por parte das ordens profissionais da Saúde, como noticiou a imprensa em dezembro passado, da criação de uma lei plurianual da Saúde, que Marcelo Rebelo de Sousa disse hoje ser uma "muito boa iniciativa".

 

Também o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, defendeu hoje, no mesmo encontro, "a realização de orçamentos plurianuais" para o setor, que apontou como uma medida "útil".

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