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Manuela Ferreira Leite rejeita interferência na CGD no seu mandato

A ministra das Finanças entre 2002 e 2004 não se envolveu no quotidiano da CGD. Dava só autorizações a nível estratégico. Nunca a nível de crédito, por exemplo.

A ex-ministra das Finanças de Durão Barroso e antiga ministra da Educação de Cavaco Silva é uma das mais próximas de Rui Rio. No Parlamento trabalharam juntos, partilhando o acompanhamento pelas matérias orçamentais.
Bruno Simão/Negócios
13 de Dezembro de 2016 às 17:43
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Naquela que foi a sexta audição da comissão de inquérito à Caixa Geral de Depósitos, a ministra das Finanças entre 2002 e 2004, Manuela Ferreira Leite, rejeitou ter tido qualquer papel na operação quotidiana do banco público.

 

"Nunca interferi em nada da administração da CGD que não fosse aquilo que, exclusivamente, era da minha competência", disse a antiga governante aos deputados esta terça-feira, 13 de Dezembro, no Parlamento.

 

Segundo Ferreira Leite, o "ministro das Finanças tutela a CGD mas não é administrador da CGD". Nesse sentido, não tinha qualquer posição a tomar sobre o que era a actividade diária do banco público: "Nunca interferi em qualquer concessão de crédito. Não é função do ministro das Finanças". Nesse sentido, afirmou, "seria estranho" que a administração ou clientes lhe colocassem questões relativas a créditos. 

 

Além disso, enquanto foi ministra das Finanças, num momento em que Mira Amaral era presidente executivo e António de Sousa presidente da administração, não foi alertada nem pela Inspecção-Geral das Finanças nem pela Direcção-Geral do Tesouro e Finanças sobre qualquer problema. Na altura, o banco era uma instituição "absolutamente sólida".

 

As intervenções de Manuela Ferreira Leite foram, a nível estratégico, em relação à presença em Espanha, onde aprovou a participação em operações de concentração (que falharam), e em relação ao sistema de organização, que não conseguiu operacionalizar devido à saída de Durão Barroso.

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