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Bagão Félix segue Manuela Ferreira Leite e recusa interferências no crédito da CGD

Entre 2002 e 2005, não houve interferências do Ministério das Finanças na gestão da CGD. Estas são garantias dos ministros de então, Bagão Félix e Manuela Ferreira Leite.

Miguel Baltazar
20 de Dezembro de 2016 às 15:59
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António Bagão Félix, ministro das Finanças entre 2004 e 2005, garante que não teve qualquer interferência na gestão da Caixa Geral de Depósitos nem nos créditos concedidos. Tal como a sua antecessora no cargo, Manuela Ferreira Leite, tinha assegurado em relação ao seu mandato.

 

"Nunca tive qualquer relação com administração da Caixa Geral de Depósitos e em particular com o seu presidente que dissesse respeito a operação de crédito, ou por minha iniciativa ou da administração da CGD", disse Bagão Félix, governante no Executivo de Pedro Santana Lopes, na sua audição da comissão parlamentar de inquérito que se debruça sobre a actividade do banco entre 2000 e 2016.

 

Dizendo que não tem dados concretos sobre a época em que foi ministro ("não tenho agendas desse tempo"), Bagão Félix lembrou que, quando foi ministro, recebeu o pedido de demissão do então presidente da administração António de Sousa. Depois, Mira Amaral saiu da comissão executiva. O ministro teve de "reconstruir" a nova equipa de gestão após meses de conflito entre os dois presidentes de então (um problema que Manuela Ferreira Leite admitira ter deixado por resolver). Vítor Martins foi a sua escolha mas, tal como o Executivo de Santana Lopes, não ficou muito tempo no cargo, tendo sido substituído no Governo de José Sócrates por Carlos Santos Ferreira. 

 
Partindo do conflito institucional da CGD que havia na CGD, Bagão Félix defendeu esta terça-feira, 20 de Dezembro, que o banco público, como tem apenas um accionista (o Estado), "não deve ter um modelo dualista de governação", isto é, com um presidente da administração e com um presidente da comissão executiva.


O Governo actual tem a mesma ideia e, na proposta inicial, pretendia que António Domingues fosse o presidente da administração e também, em simultâneo, o presidente da comissão executiva. O que esbarrou nas ideias do Banco Central Europeu (BCE), que quer pessoas diferentes nos dois cargos. Agora, com Paulo Macedo, a intenção é que o anterior vice-presidente, Rui Vilar, assuma funções de "chairman". 

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