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Lucros do BPI aumentam 48,3% para 45,8 milhões
O BPI lucrou 45,8 milhões de euros nos primeiros três meses do ano, mais 48,3% que no mesmo período de 2015. A subida reflectiu o aumento de proveitos, a descida de custos e imparidades. Angola gerou 80% dos resultados.
Os resultados do Banco BPI totalizaram 45,8 milhões de euros nos primeiros três meses deste não, o que representa um aumento de 48,3% face a igual período do ano passado, de acordo com o comunicado divulgado pela instituição esta quinta-feira.
O crescimento dos lucros deveu-se, em grande parte, ao contributo das operações internacionais, com destaque para a participação no Banco de Fomento Angola (BFA), que contribuiu com 37 milhões de euros para os resultados trimestrais do BPI, ou seja, 80% do total. Em Portugal, o banco lucrou 7,9 milhões, uma recuperação face aos prejuízos de dois milhões de euros registados em Março de 2015.
Em termos consolidados, a recuperação dos resultados reflectiu o aumento do produto bancário, que cresceu 5,9% para 296,7 milhões, impulsionada pela subida de 8,8% na margem financeira. Já os custos de estrutura recuaram de forma marginal, caindo 0,6% para 164,5 milhões, mas incluindo 600 mil euros de custos extraordinários com reformas antecipadas. Tanto o aumento dos proveitos como a redução de gastos foi possível graças à operação angolana.
O maior contributo da actividade doméstica para o crescimento dos lucros veio da descida das imparidades. Em Portugal, as provisões para malparado recuaram 16,2%, para 30,7 milhões, enquanto as imparidades para outros activos desceram 43,4% para 4,2 milhões. Já nas operações internacionais, designadamente em Angola, as provisões para malparado triplicaram, para 33,6 milhões.
Depósitos e crédito em queda em Angola
A nível do negócio, o crédito a clientes manteve a tendência de decréscimo, que foi particularmente evidente em Angola, onde os depósitos de clientes também recuaram. A carteira de financiamento do BFA caiu 34,7%, para 1.311 milhões de euros, enquanto os depósitos de clientes da operação angolana diminuíram 18,7%, para 6.115 milhões.
Em Portugal, o crédito recuou 2%, para 22,6 mil milhões de euros, enquanto os depósitos de clientes ficaram praticamente inalterados, com uma subida marginal de 0,2%, para 18,8 milhões.
(Notícia actualizada às 19:54)