Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Lucros do Lloyds caem 15% penalizados pelas compensações aos clientes

Os resultados do banco liderado por Horta Osório ficaram abaixo do previsto em termos trimestrais, depois de a instituição ter pago mil milhões de libras aos clientes para os compensar pela venda indevida de seguros de crédito.

REUTERS
26 de Outubro de 2016 às 07:41
  • 5
  • ...

O britânico Lloyds anunciou esta quarta-feira, 26 de Outubro, que o seu resultado líquido caiu 15% no terceiro trimestre deste ano, penalizado pelos mil milhões de libras (cerca de 1,12 mil milhões de euros) que o banco pagou aos clientes para compensar a venda indevida de seguros de crédito.

No período entre Julho e Setembro, os lucros antes de impostos desceram para 811 milhões de libras, um valor que compara com os 958 milhões registados no mesmo período do ano passado.

Excluindo as compensações, e outros itens extraordinários, o resultado líquido foi de 1,91 mil milhões de libras, ainda abaixo das estimativas dos analistas consultados pela Bloomberg que apontavam para 2,04 mil milhões de libras.

Já no acumulado dos primeiros nove meses, o resultado líquido aumentou 52% para 3,26 mil milhões de libras. 

António Horta Osório sublinha que o banco teve um desempenho financeiro "robusto" nos primeiros nove meses do ano, que demonstra a força do seu modelo de negócio simples, de baixo risco, diferenciado e focado no Reino Unido.

"Continuamos focados em cumprir as nossas metas para apoiar as pessoas, empresas e comunidades (…)", afirma o CEO do banco, citado em comunicado. "A transformação do grupo e a execução bem-sucedida da sua estratégia, juntamente com as suas vantagens competitivas em custos e riscos, também o coloca no bom caminho para alcançar o objectivo de se tornar o melhor banco para clientes e accionistas". 

No início deste mês, o Governo britânico deu instruções ao Tesouro para concluir a venda da participação de 9,1% que o Estado ainda detém no capital do banco.

A venda das acções do Lloyds detidas pelo Tesouro deverá ser feita abaixo do preço médio pago pelo Estado aquando do resgate à instituição financeira, em 2009, mas ainda assim a "um preço justo", segundo as instrução dadas ao Goldman Sachs, instituição responsável pela alienação.

O Governo deixou assim cair a intenção de alienar a participação no capital social a investidores particulares – como pretendia o anterior ministro das Finanças George Osborne - com o seu sucessor, Philip Hammond, a considerar que não é a altura certa para uma OPV no retalho.

As acções do Lloyds acumulam uma desvalorização de quase 24% em 2016 – o segundo pior desempenho entre os cinco maiores bancos do Reino Unido, atrás do Royal Bank of Scotland – um ano marcado pelo referendo que deu vitória ao Brexit e pela descida dos juros no país, que penaliza a rentabilidade do sector.

Ver comentários
Saber mais Lloyds banca Horta Osório Reino Unido resultados lurcos
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio